Pelas previsões do governo, juros caem e real se valoriza em 2003
Pelas previsões do governo contidas na proposta orçamentária entregue ao Congresso nesta quinta-feira (29), os juros devem cair dos atuais 18% (taxa Selic - Sistema Especial de Liquidação e Custódia) para 16,26% ao ano e a inflação deve cair de 8,8% ao ano (pelo Índice Geral de Preços, Demanda Interna - IGP/DI) para 6%.
O governo estima ainda que a taxa de câmbio, tanto em termos de média anual quanto ao final do exercício, seja de R$ 2,9 por dólar norte-americano, contra uma cotação atual de mercado de R$ 3,12 (prevendo, portanto, uma queda de 7%). Na verdade, segundo os dados da proposta orçamentária, o governo espera essa taxa de câmbio de R$ 2,90 por dólar norte-americano já no final de 2002.
Os parâmetros macroeconômicos constantes da proposta prevêem a realização, em 2003, de um superávit primário (receitas menos despesas, exclusive as despesas com juros da dívida) equivalente a 2,8% do PIB, apenas para o governo central (União mais estatais). Considerando a contribuição superavitária das contas públicas de estados e municípios, essa relação se eleva para 3,75% do PIB. Para 2002, esse superávit primário do governo central está estimado em 2,94% do PIB.
Segundo a proposta orçamentária para 2003, o governo espera gastar na área de desenvolvimento social um total de R$ 142,97 bilhões, dos quais R$ 96,6 bilhões com a Previdência Social; R$ 21,5 bilhões com saúde; R$ 7,9 bilhões com educação; R$ 7,7 bilhões com trabalho e emprego; R$ 6,87 bilhões com assistência social; R$ 1,28 bilhão com organização agrária; R$ 608,8 milhões com saneamento e habitação; R$ 273,1 milhões com direitos da cidadania; e R$ 316,7 milhões com cultura e desporto.
Pela proposta, estão estimadas despesas de R$ 26,69 bilhões na área de infra-estrutura, contra R$ 24,46 bilhões programados para este ano (aumento de 9,1%); R$ 8,7 bilhões na área de produção, contra R$ 8,4 bilhões gastos em 2002 (aumento de 3,6%); R$ 8,4 bilhões em administração, contra R$ 9,78 bilhões previstos para este ano (queda de 14,1%); e R$ 4,2 bilhões em defesa e segurança, contra R$ 4,7 bilhões previstos para 2002 (uma queda, portanto, de 10,6%).
29/08/2002
Agência Senado
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