Marco Maciel culpa governo pelas previsões de baixo crescimento do PIB
Ao comentar matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, o senador Marco Maciel (PFL-PE) criticou em Plenário, nesta segunda-feira (9), o governo federal pelo desempenho ruim da economia brasileira em comparação com os demais países emergentes ecom os vizinhos sul-americanos. Em sua avaliação, as baixas previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e para 2007 são devidas ao déficit fiscal, ao elevado endividamento público e à deficiência da máquina administrativa federal.
Marco Maciel ressaltou que o crescimento de 3% do PIB previsto para 2007 só é maior, na América Latina, do que o do Equador, que deve ficar em 2,5%. Os países emergentes, fora da América Latina, também apresentarão resultados melhores do que o do Brasil, acrescentou, citando a Rússia, que deverá crescer 5,8%; a China, 9,7%; a Índia 8,5%; e a Coréia do Sul, 4,3%.
Referindo-se a relatório elaborado pela Fundação Konrad Adenauer, Marco Maciel lamentou também a classificação ruim do Brasil no que se refere ao processo de aperfeiçoamento democrático e desempenho institucional. De acordo com o estudo citado, o Brasil se colocaria, na América Latina, em posição inferior à do Chile, Costa Rica e Uruguai em relação ao desenvolvimento democrático, ficando abaixo da média da região.
O senador observou ainda que nos últimos três anos da administração petista não se deu continuidade ao processo de reformas - iniciado durante o mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - visando à estabilidade econômica. Ele lembrou que a introdução do Plano Real, significando mais que a criação de uma nova moeda, permitiu planejar o desenvolvimento do país, algo impossível de ser realizado antes devido a alta inflação da moeda brasileira.
Ao final de seu pronunciamento, Maciel censurou o governo por não ter dado prioridade à reforma política e por não ter se empenhado em melhorar as práticas da cidadania.
- Para desfrutarmos de taxas mais elevadas de crescimento e fazê-lo de forma sustentada, convém retomar o ciclo das reformas estruturais, tanto na economia quanto na política - recomendou.
09/10/2006
Agência Senado
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