Pesquisa mostra que empresários brasileiros são os mais confiantes quanto à expectativa de crescimento



Os empresários brasileiros são os mais confiantes do mundo em relação ao crescimento da economia nacional em 2011. A conclusão faz parte da 7ª Pesquisa de Líderes Empresariais Brasileiros, divulgada nesta quinta-feira (28), durante o Fórum Econômico Mundial para a América Latina, no Rio de Janeiro.

De acordo com o estudo, 58% dos líderes de companhias nacionais demonstram otimismo neste cenário, bem acima da média dos demais países, que envolve 48% dos empresários. A pesquisa, apresentada pela empresa de consultoria PwC, foi realizada com base em 1.201 entrevistas com empresários de 69 países.

Segundo o coordenador do levantamento, Henrique Luz, esses dados confirmam o papel de destaque que o País vem assumindo na economia global. Ele ressaltou, no entanto, que, numa visão mais ampla e menos imediata, o otimismo dos empresários brasileiros fica em 50%, muito próximo dos 51% dos demais países.

“Com esses dados, fica claríssimo que o Brasil é mesmo o País da moda, mas quando se projeta para três anos, existe uma confluência de opinião. Os empresários que sofreram mais a crise, fora do Brasil, quando olham para a frente, acham que estarão em plena recuperação”, afirmou.

O documento destaca, ainda, que o principal gargalo para os negócios nacionais é o excesso de regulação. Quase sete em cada dez empresários brasileiros consideram essa questão a maior ameaça para as companhias.

“Uma empresa para chegar no Brasil e começar a operar um produto, só na parte burocrática, pode levar cinco meses. A parte regulamentar brasileira é complexa, é difícil. E para fechar a empresa esse tempo pode ser ainda mais longo”, acrescentou.

Além disso, foram citados como entraves à falta de capital humano qualificado a adoção de medidas protecionistas por outros países em relação às suas economias e o déficit de infraestrutura, principalmente no setor de transportes e energia.

Por outro lado, para ampliar o estímulo ao ambiente de negócios no País, os líderes de empresas nacionais destacaram como reformas prioritárias a redução da carga tributária, a modernização da legislação trabalhista e as privatizações ou concessões para projetos de infraestrutura.


Fonte:
Agência Brasil

 

28/04/2011 21:08


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