Pesquisador do Inpa apresenta na SBPC purificador de água com ultravioleta
O sistema solar de desinfecção de água desenvolvido pelo pesquisador Roland Vetter, da Coordenação de Pesquisas em Produtos Florestais (CPPF), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), está sendo exposto no estande do instituto, no pavilhão de exposições (ExpoT&C) da 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que termina na sexta-feira (30), em Natal (RN).
No estande, um cilindro contendo água e uma forte luz ultravioleta chamam à atenção de quem passa pelo local, além da frase que acompanha o produto dizendo o seguinte: Água Solar: Nós lavamos água. Trata-se de um sistema solar capaz de tornar águas sujas de rios e lagos em água potável livre de germes, que já foi testado com sucesso em aldeias remotas na região Amazônica.
A inovação pode ser considerada como um método para proteção contra bactérias e outros micro-organismos perigosos, que em alguns casos podem produzir efeitos negativos não somente para o ser humano, mas também para o meio ambiente. A pesquisa estuda um método que desde milhões de anos tem sido demonstrado pela própria natureza, ou seja, a desinfecção por meio de radiação ultravioleta tipo C.
O equipamento é compacto e agrupa tudo em uma única caixa movida por energia solar. Ele purifica 400 litros de água por hora, pesando apenas 13 kg e permitindo 10 mil horas de vida da lâmpada. O investimento do aparelho pode variar entre R$ 1,5 a 10 mil, dependo das condições onde será instalado.
De acordo com o coordenador de Extensão do Inpa, Carlos Bueno, responsável pela exposição do instituto na SBPC, a inovação é capaz de eliminar os germes sem precisar utilizar substâncias químicas. “O que se descobriu é que uma luz que emite raios ultravioletas é capaz de eliminar germes, ou seja, pode purificar a água somente com uma questão física, sem outras modificações químicas. Porém, para que isso aconteça a água precisa estar o mais translúcida possível”, explicou.
O equipamento é portátil, podendo ser transportado facilmente para comunidades. Está sendo produzido em uma remessa de 50 protótipos, para que possam ser introduzidos em locais que precisem de purificação da água na região. “Estamos produzindo 50 kits desses para serem instalados em diversas localidades na intenção de solucionar problemas”, comentou Bueno.
Fonte:
Ministério da Ciência e Tecnologia
28/07/2010 01:14
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