Pesquisadores registram 102 baleias franca no litoral de Santa Catarina



Pesquisadores do Projeto Baleia Franca registraram 102 indivíduos da espécie durante voo de monitoramento no litoral de Santa Catarina. Dentre as baleias registradas, 36 eram pares de fêmeas com filhotes e outras 30 animais adultos. A ação, realizada na última quinta-feira (15), tem objetivo de censo, catalogação e análise de distribuição da espécie em águas brasileiras.


A atividade foi acompanhada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e observou o litoral entre Xangri Lá (RS) e Florianópolis (SC), com destaque para a concentração de cetáceos na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, que vai do Balneário Rincão (SC) ao sul da capital catarinense. O trabalho integra o Monitoramento das Baleias Franca no Porto de Imbituba e adjacências. 


De acordo com a diretora de Pesquisa do Projeto Baleia Franca, Karina Groch, setembro é o mês de pico do registro da espécie na região, porque estão presentes as baleias que chegaram no início da temporada, em julho, e as que vieram mais tarde. A partir de outubro, as baleias voltam para o Pólo Sul, onde ficam as áreas de alimentação.


A diretora afirma que o número registrado já era esperado. "Em 2007, por exemplo, registramos 114 indivíduos no sobrevoo de setembro", disse. O diferencial deste ano, segundo a bióloga, foi o grande número de avistagens (38) entre Jaguaruna e Laguna, praias do litoral sul de Santa Catarina e as 2 baleias semi-albinas adultas e 6 com manchas brancas e cinzas.


O monitoramento do Projeto Baleia Franca continua em pontos fixos em terra, localizados entre Torres e Florianópolis. As atividades também englobam publicação de trabalhos científicos, atividades de educação ambiental e orientação às embarcações turísticas durante a temporada de observação. 


Monitoramento no Porto de Imbituba 


O projeto de monitoramento das baleias foi proposto pela administração do Porto de Imbituba, em conjunto com o Tecon Imbituba e a Construtora Andrade Gutierrez, por intervenção do ICMBio, para minimizar possíveis interferências no processo reprodutivo das baleias franca no local.


A metodologia foi desenvolvida pelo Projeto Baleia Franca, ONG que trabalha com a espécie há 28 anos, e está sendo coordenada de forma compartilhada com a APA da Baleia Franca e o Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA), órgãos do ICMBio, vinculados ao Ministério do Meio Ambiente. 


Nas áreas monitoradas pelo projeto, um sistema de comunicação instantânea informa o deslocamento e a velocidade dos animais, para que as atividades sejam paralisadas caso uma baleia entre na área de segurança.



Fonte:
Instituto Chico Mendes



17/09/2010 19:37


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