Petrobras lança navio-plataforma P-57 com 68% de conteúdo nacional
A Petrobras inaugurou, nesta quinta-feira (7), a nova área do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa (Cenpes), na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. A estatal lançou também o navio-plataforma P-57, no Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ). O navio ganhou o nome de Apolônio de Carvalho, importante líder político da esquerda brasileira e foi batizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a cerimônia, a viúva de Apolônio, Renée de Carvalho, de 91 anos, foi homenageada como madrinha da embarcação.
A P-57 tem 312 metros de comprimento, 105 de altura e 56 de largura. A embarcação irá explorar petróleo na camada pré-sal no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, e terá capacidade de produção de 180 mil barris de petróleo por dia e dois milhões de metros cúbicos de gás. Quando estiver em operação no campo, que fica entre Rio e Espírito Santo, contará com 110 profissionais a bordo.
Durante o evento, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, afirmou que a data da inauguração é simbólica, pois marca os 57 anos da Petrobras. Já o presidente da República lembrou a recuperação da indústria naval do País, que desde a década de 1970 não recebia investimentos e não tinha fôlego para movimentar o mercado interno, gerando emprego e desenvolvimento, afirmou o presidente.
Hoje, acrescentou Lula, o Brasil pode começar a pensar em ampliar o percentual de conteúdo nacional utilizado nas plataformas da Petrobras. As plataformas construídas recentemente no País têm, em média, de 65% a 70% de componentes brasileiros, como é o caso da P-57, que tem 68% de conteúdo nacional.
O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Aloisio Teixeira, ressaltou o impacto da geração de empregos na universidade pública. "Só na UFRJ foram 500 novas vagas", disse.
Gabrielli destacou ainda o papel do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa (Cenpes) para o incremento da pesquisa na área de ciência. "O saber é fundamental", disse ele, ressaltando que a Petrobras decidiu, estrategicamente, investir no desenvolvimento de projetos desde 2003. "Tivemos uma decisão importantem que foi de aprofundar a capacidade de investimento no desenvolvimento tecnológico da Petrobras, ampliar o Cenpes e investir na capacitação das universidades brasileiras", afirmou.
Segundo o dirigente, hoje a empresa tem a perspectiva de ser a indústria que mais cresce na indústria de petróleo no mundo, ressaltando a importância de se "combinar a ousadia dos navegadores a ambição dos filósofos e poetas com a simplicidade dos engenheiros", como a empresa vem fazendo, segundo ele.
Fonte:
Agência Brasil
Blog do Planalto
07/10/2010 20:18
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