PF combate tráfico de animais silvestres em três estados



Nesta quinta-feira (31), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Acamatanga, com o objetivo de desmantelar uma organização que atuava no tráfico de animais silvestres, sendo que algumas espécies em extinção, em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Pará. 

As investigações, desenvolvidas pela PF, tiveram início no mês de outubro do ano passado por meio de um inquérito que tramita na justiça (1ª Vara) da comarca de Ivinhema (MS). 

Os levantamentos evidenciaram que a quadrilha é dotada de estrutura organizacional com logística de captura, transporte, cativeiro e revenda das mais diversas espécies de animais silvestres, tais como: arara-canindé, papagaios-verdadeiros, tucanos, pássaros-preto, coleiras-do-brejo. 

No dia 18 de novembro do ano passado, no curso das investigações, a PF solicitou auxílio da Polícia Militar Ambiental que por sua vez apreendeu 107 filhotes de aves silvestres que estavam em poder de quatro membros da quadrilha que faziam o transporte dos animais capturados na região de Anaurilândia (MS). O destino seria Araras (SP) e as prisões ocorreram na Pousada Portal das Águas, às margens do Rio Paraná. 

Constatou-se ainda que, em decorrência do término do período de “ninhada” das aves silvestres, principalmente papagaio-verdadeiro na Região do Parque Estadual da Várzea Rio Ivinhema, em especial no distrito de Amandina, a quadrilha investigada migrou suas atividades de captura das espécies para o município de Jacundá, no estado do Pará. Razão pela qual, no mês de janeiro deste ano, a Polícia Federal em Campo Grande solicitou apoio de forças policiais daquela localidade que efetuaram a apreensão de 47 filhotes de aves ameaçadas de extinção que estavam sendo transportadas por dois componentes da quadrilha para o cativeiro localizado em Guarulhos (SP), também base da organização criminosa. 

Acolhendo representação da Polícia Federal, a justiça da comarca de Ivinhema, distante 297 km da capital Campo Grande, autorizou o monitoramento do grupo e, nesta fase ostensiva da operação, expediu 13 mandados de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva. 

Os alvos, independentes das circunstâncias em que forem presos, serão indiciados nos crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9605/98) – tráfico de animais silvestres, maus tratos contra animais (pena de 1 a 3 anos) e ainda o artigo 288 do Código Penal (Formação de Quadrilha ou Bando – Pena de 1 a 3 anos de reclusão). 

 

Fonte:
Polícia Federal



31/03/2011 15:50


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