PF trará funcionário do Flamengo para depor na CPI da Pedofilia



O funcionário do Flamengo que está sendo investigado por supostamente ter assediado sexualmente um garoto de 10 anos de idade não atendeu à convocação da CPI da Pedofilia e faltou ao depoimento marcado para esta quinta-feira (11). Em virtude disso, será encaminhado ofício ao diretor da Polícia Federal para que a superintendência da PF no Rio localize e conduza o acusado até as dependências do Senado na próxima quinta-feira (18), às 9h, para que ele seja ouvido.

O presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), informou que após a imprensa noticiar a manutenção da reunião desta quinta e que o acusado, caso não comparecesse, seria convocado a vir de forma coercitiva, seu advogado ligou para a assessoria da CPI e pediu para transferir a reunião das 11h para as 14h, para que ele tivesse tempo de viajar do Rio para Brasília.

- Atendemos ao pedido, mas ninguém compareceu e nem sequer deu alguma satisfação - disse Magno Malta.

Além de aprovar a convocação coercitiva do acusado, a CPI quebrou o seu sigilo fiscal nos últimos oito anos em virtude de ele ter alegado, na primeira convocação, que não tinha recursos financeiros para custear o deslocamento do Rio para Brasília. O vice-presidente da comissão parlamentar de inquérito, senador Romeu Tuma (PTB-SP) comentou que, ao contrário do que algumas pessoas pensam, a CPI têm poderes e não deve se furtar de utilizá-los quando necessário.

- Na quarta-feira o advogado mandou um documento dizendo da impossibilidade de seu cliente vir em virtude de somente ter recebido a comunicação às 14h, pela mídia. É mentira, ele foi convocado há muito mais tempo. Também declarou que o acusado não tem condições financeiras para arcar com os custos da viagem. Me engana, que eu gosto. A CPI manda passagem, paga hospedagem e coloca carro à disposição para ir buscar e depois levar ao aeroporto todos os convidados ou convocados - esclareceu Magno Malta.

Outra decisão tomada, por sugestão do vice-presidente Romeu Tuma, foi encaminhar ofício solicitando que a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro determine ao delegado Luiz Henrique Marques, da Delegacia de Crianças e Adolescentes Vítimas (DCAV) - responsável pelo caso envolvendo o funcionário do Flamengo - que ele compareça à CPI para prestar esclarecimentos. O delegado havia sido convidado para depor nesta quinta (11), mas não compareceu alegando outros compromissos.

- Ele disse que viria e acusou o recebimento do convite. Porém, em seguida alegou compromissos anteriormente marcados para não vir mais. Se ele quisesse ajudar, teria vindo. A CPI entenderia se ele não viesse em virtude de estar internado, se submeter a uma cirurgia ou estar viajando. Mas a alegação dele não fala nada com nada - disse Magno Malta.



11/03/2010

Agência Senado


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