PFL ANUNCIA CRIAÇÃO DE COMISSÃO PARA ESTUDAR O SALÁRIO MÍNIMO



O líder do PFL no Senado, Hugo Napoleão (PFL-PI) anunciou nesta quinta-feira (dia 10), em plenário, a decisão do partido de criar uma comissão de quatro membros para estudar a proposta de aumento do salário mínimo para US$ 100 apresentada, na reunião da Executiva do partido de quarta-feira passada (09), pelo deputado Luiz Antonio Medeiros (PFL-SP). Napoleão leu uma nota do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC) afirmando que o partido reconhece as necessidades do trabalhador brasileiro mas está consciente das repercussões do reajuste, principalmente nas contas da Previdência Social, dos governos estaduais e das prefeituras municipais.- O PFL aguardará o estudo final da Comissão para apresentar, como é seu dever, sugestões definitivas e concretas sobre o assunto de tal relevância. O partido está enfrentando a discussão sem pretender vantagens eleitorais, sem abrir mão de sua permanente luta pela austeridade, mas procurando a melhor solução para o assunto - diz a nota.Hugo Napoleão anunciou, ainda, que a Comissão do PFL será formada pelo vice-presidente do partido, senador José Jorge (PE), e pelos deputados Vilmar Rocha (GO) , Werner Wanderer (PR) e Luiz Antonio Medeiros.SUPLICYO senador Eduardo Suplicy (PT-SP) argumentou que fixar uma meta para o salário mínimo em dólar pode incentivar a dolarização da economia, medida que o PT combate. Para ele, seria melhor estabelecer uma meta de R$ 180 reais com uma cláusula de reajuste que mantenha seu poder aquisitivo. "Na verdade, é preciso recuperar o valor do mínimo em relação ao PIB, mesmo que ele tenha subido pouco nos últimos anos", ressaltou.Segundo Suplicy, é urgente estabelecer um abono para camadas de baixa renda, "fato que até o PFL reconhece em seu programa de ação, na página 49". Ele voltou a defender um programa de renda mínima que garanta a todo brasileiro o básico para sua sobrevivência, como um direito de cidadania.

10/02/2000

Agência Senado


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