Pinacoteca exibe 120 fotos de Boris Kossoy



Artista é o pioneiro do realismo fantástico na fotografia brasileira

A Pinacoteca do Estado inaugura nesta sexta-feira, 25, a maior exposição fotográfica já realizada do trabalho do professor Boris Kossoy, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. O caleidoscópio e a câmara apresenta cerca de 120 fotos do artista, pioneiro do realismo fantástico na fotografia brasileira. 

Kossoy é reconhecido internacionalmente, e parte das obras expostas pertencem a coleções de museus conceituados, como o Museu de Arte Moderna e o Museu Metropolitan, ambos de Nova Iorque, Biblioteca Nacional de Paris, Masp e Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP. Mas quase 40% dos trabalhos da atual mostra são inéditos, e abarcam os diferentes momentos da carreira do artista.

Organizar a exposição que passa pelos 40 anos de carreira de Kossoy foi, segundo o artista, “um quebra-cabeça. A tendência é organizar temporalmente, o que acaba dando em nada”. A solução, então, foi organizar por temas, como Brasil, Estados Unidos (com fotos, sobretudo, de Nova Iorque do início da década de 1970 e sua efervescência da contracultura), Europa, com trabalhos mais introspectivos, e, finalmente, o realismo fantástico, que permeia todo o trabalho do professor.

O realismo fantástico, ou realismo mágico, se caracteriza por tornar o irreal algo comum. Ou seja, trazer, para o cotidiano elementos estranhos, como a magia e o folclore, concebendo-os de uma maneira intuitivamente lógica, mas sem explicações.

“O realismo fantástico está em todo o meu trabalho, recebendo influências de Borges [Jorge Luis, escritor argentino (1899 -1986)] e de Cortazar [Julio Florêncio, escritor argentino (1914-1984)]”, afirma o professor, que também reconhece a presença do elemento cinematográfico das suas paisagens e temas. 

  

FOTOGRAFIA

Pinacoteca inaugura a maior exposição das fotos do professor Boris Kossoy

Rafael Kato / USP Online [email protected]

 

 A Pinacoteca do Estado inaugura na próxima sexta (25) a maior exposição fotográfica já realizada do trabalho do professor Boris Kossoy, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. O caleidoscópio e a câmara apresenta cerca de 120 fotos do artista, pioneiro do realismo fantástico na fotografia brasileira.

 

Kossoy é reconhecido internacionalmente, e parte das obras expostas pertencem a coleções de museus conceituados, como o Museu de Arte Moderna e o Museu Metropolitan, ambos de Nova Iorque, Biblioteca Nacional de Paris, Masp e Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP. Mas quase 40% dos trabalhos da atual mostra são inéditos, e abarcam os diferentes momentos da carreira do artista.

Organizar a exposição que passa pelos 40 anos de carreira de Kossoy foi, segundo o artista, “um quebra-cabeça. A tendência é organizar temporalmente, o que acaba dando em nada”. A solução, então, foi organizar por temas, como Brasil, Estados Unidos (com fotos, sobretudo, de Nova Iorque do início da década de 1970 e sua efervescência da contracultura), Europa, com trabalhos mais introspectivos, e, finalmente, o realismo fantástico, que permeia todo o trabalho do professor.

O realismo fantástico, ou realismo mágico, se caracteriza por tornar o irreal algo comum. Ou seja, trazer, para o cotidiano elementos estranhos, como a magia e o folclore, concebendo-os de uma maneira intuitivamente lógica, mas sem explicações.

“O realismo fantástico está em todo o meu trabalho, recebendo influências de Borges [Jorge Luis, escritor argentino (1899 -1986)] e de Cortazar [Julio Florêncio, escritor argentino (1914-1984)]”, afirma o professor, que também reconhece a presença do elemento cinematográfico das suas paisagens e temas.

São Paulo

A exposição abre no dia do aniversário da cidade de São Paulo e possui elementos tipicamente urbanos. A solidão e a angústia são temas recorrentes no trabalho de Kossoy, como mostra a foto de uma pessoa sentada sozinha em um banco de um parque público. 

O professor destaca que a ligação com a cidade começa naquela que é uma das suas primeiras fotos, tirada em 1955, quando Kossoy tinha 14 anos: a vista da cidade a partir do alto do Edifício Altino Arantes (prédio do Banespa), que revela sua preocupação fotojornalística e documental. É também desse período a fotomontagem que coloca um disco-voador nessa paisagem urbana, antecipando seu interesse pelo ficcional.

Perfil

Kossoy, além de fotógrafo, é um dos principais teóricos brasileiros da área. Comprovou, em pesquisas, a descoberta independente da fotografia no Brasil por Hercules Florence, assunto de ampla repercussão internacional. Suas principais obras, que constituem a sua trilogia acadêmica, são: Fotografia e História; Realidades e Ficções na Trama Fotográfica; Os Tempos da Fotografia - o Efêmero e o Perpétuo.

O professor faz questão de lembrar que seu trabalho com a câmera não está separado de sua atividade intelectual. “Uma expressa e alimenta a outra”, conclui Kossoy.

Serviço

A Pinacoteca fica na Praça da Luz, 2, Centro, São Paulo. Aberta de terça a domingo, das 10 às 18 horas. Ingressos: R$4,00 (inteira) R$2,00 (meia). Grátis aos sábados. Abertura na sexta (25) das 11 às 14 horas. Mais informações pelo telefone (11) 3324-1000.

Da USP Online



01/26/2008


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