Plebiscito sobre o comércio de armas não resolve o problema da violência, diz Demóstenes
O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), disse que a decisão de realizar um plebiscito sobre a proibição do comércio de armas e munições é equivocada e não resolve o problema da violência. Ele concedeu entrevista nesta terça-feira (11), depois da reunião de líderes em que o presidente do Senado, José Sarney, anunciou a apresentação de projeto nesse sentido. Demóstenes não participou da reunião.
- A questão não é tirar a arma de fogo do homem de bem, mas tirar a arma de fogo do marginal. Acho que o Congresso deveria se debruçar sobre isso. São várias as propostas para equipar as Forças Armadas do Brasil e também a Polícia Federal para que o combate da entrada de armas seja mais otimizado e eu acho que simplesmente o foco está completamente equivocado - afirmou o senador.
Demóstenes afirmou ainda que a legislação brasileira já é muito restritiva em relação à compra de armas:
- Ninguém pode comprar uma arma para se divertir. Para obter o porte, tem que ir à Polícia Federal, fazer psicotécnico. É uma das legislações mais rigorosas do mundo - afirmou.
Consulta popular
O líder do Democratas disse também considerar desnecessária a realização de plebiscito para mudar o Estatuto do Desarmamento e proibir o comércio de armas. Em 2005, em consulta popular, a maioria da população rejeitou essa proibição.
- O plebiscito simplesmente não vincula o Congresso a nada. O povo pode dizer sim ou não e o Congresso pode tomar outra decisão - assinalou Demóstenes.
12/04/2011
Agência Senado
Artigos Relacionados
Projeto de plebiscito sobre comércio de armas é apresentado no Plenário
Eduardo Suplicy apoia plebiscito sobre proibição do comércio de armas
Redução da maioridade penal não resolve problema da violência, afirma Paim
SENADO RESOLVE PROBLEMA DE 50 MIL MORADORES DE GUARARAPES
Sarney propõe plebiscito sobre venda de armas
César Borges quer plebiscito sobre porte de armas