PLENÁRIO APROVA NOVOS DIRETORES DO BANCO CENTRAL
Os nomes de dois novos diretores do Banco Central foram aprovados hoje (dia 2) pelo plenário. Demosthenes Madureira Pinho Neto será diretor de Assuntos Internacionais, ocupando o lugar de Gustavo Franco, novo presidente do BC. Economista formado pela PUC-Rio e mestre pelaUniversidade da Califórnia (Berkeley), Pinho Neto integrou a equipe do ex-ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso e, desde 96, trabalhava no Unibanco. Ele recebeu dos senadores 52 votos favoráveis e dois contra, com três abstenções.
O outro diretor aprovado é Sérgio Darcy da Silva Alves, que ocupará a diretoria de Normas e Organização do Sistema Financeiro. Especialista em mercado de capitais, Alves é economista de carreira do Banco Central, tendo ocupado nos últimos anos a função de coordenador do Departamento de Mercado de Capitais e de chefe do Departamento de Normas. Na votação de seu nome, foram registrados 56 votos favoráveis dos senadores e dois contra, havendo três abstenções.
Durante a discussão dos nomes dos diretores, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que o ministro da Fazenda, Pedro Malan, ainda não cumpriu a promessa feita durante debate no plenário, em 11 de junho último, de enviar ao Senado explicações detalhadas da negociação de transferência do Bamerindus para o HSBC. Lembrou que Gustavo Franco, quando sabatinado recentemente pela CAE, então indicado pelo presidente da República para o cargo de presidente do Banco Central, não respondeu a várias perguntas sobre o Bamerindus.
No entanto, informou Suplicy, Gustavo Franco publicou no último final de semana artigo em dois jornais, sob o título "Bamerindus, Quanto Custou?", onde ele confirma matéria da revista Veja, segundo a qual o HSBC acabou por não pagar pelo Bamerindus. Para Suplicy, "o Senado precisa ser informado com melhor precisão" sobre as negociações e ponderou que o ministro Pedro Malan não pode ignorar as perguntas do Senado sobre o Bamerindus-HSBC.
02/09/1997
Agência Senado
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