Plenário do Senado homologa nome de Alexandre Tombini para o Banco Central



O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (15), por 37 votos a sete, a mensagem presidencial com a indicação do economista Alexandre Tombini para a presidência do Banco Central (BC). Tombini foi indicado pela futura presidenta Dilma Rousseff para assumir o lugar de Henrique Meirelles, que presidiu o BC nos oito anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Tombini, atual diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro da instituição.

O novo presidente do Banco Central é funcionário de carreira da casa e já atuou na formulação da política de metas de inflação. Tombini assumirá o BC em 3 de janeiro, junto com os demais ministros do governo Dilma.

Tombini é economista formado pela Universidade de Brasília (UnB) e tem PhD em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, e participou da montagem do atual regime de metas para inflação. No BC, Tombini já ocupou a diretoria de Estudos Especiais e a chefia do Departamento de Estudos e Pesquisas. Também atuou nos Ministérios do Planejamento e da Fazenda. Entre 2001 e 2006, foi assessor sênior da Diretoria Executiva no escritório da representação brasileira junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Durante a votação em Plenário, os senadores destacaram as qualidades técnicas do indicado, funcionário de carreira do BC há mais de 15 anos. O senador Gerson Camata (PMDB-ES), por exemplo, observou que Tombini "foi claro, preciso" e "não se omitiu em nada" durante a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), realizada no último dia 7 de dezembro. “Certamente, ele foi preparado por Meirelles para ficar em seu lugar”, disse o parlamentar. 

O texto foi relatado na CAE pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Durante sabatina na comissão, Tombini defendeu a manutenção da política econômica do atual presidente do BC, Henrique Meirelles. E afirmou que não hesitará em lançar mão de "medidas prudenciais" para manter a inflação sob controle, a estabilidade da economia e o poder de compra da moeda, além de prevenir a formação de bolhas de crédito.

Tombini também garantiu que, sob seu comando, o BC desfrutará de autonomia operacional para perseguir a meta de inflação, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, de 4,5% para os próximos dois anos.

 

15/12/2010 21:01


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