PMDB reúne-se na terça-feira para escolher candidato único à sucessão de Renan
O PMDB reúne-se na próxima terça-feira (11), às 9h, para decidir qual será o nome indicado pela bancada para suceder Renan Calheiros na Presidência do Senado. Segundo o líder do partido, senador Valdir Raupp (RO), há, atualmente, quatro candidaturas ao cargo: Garibaldi Alves Filho (RN), Valter Pereira (MS), Leomar Quintanilha (TO) e Neuto de Conto (SC).
- As candidaturas ainda não estão fechadas. Pode ser que até terça surjam outros nomes. O importante é que seja um candidato de consenso dentro da bancada. Se assim for, haverá uma facilidade maior para se atingir o consenso fora da bancada também - afirmou Raupp, em entrevista à imprensa.
Questionado sobre a possibilidade de um consenso em torno do nome do senador José Sarney (AP) para o cargo, Raupp afirmou que o parlamentar pelo Amapá já lhe disse que não será candidato, mas caso " haja coalizão em torno do nome dele, assim como em torno de um outro senador, pode haver uma mudança".
- O Sarney, e eu também, tem dito que não é candidato. Mas tudo pode mudar se houver um consenso dentro da bancada, que pode ser também por um dos quatro nomes que já se colocaram à disposição - afirmou Raupp.
Já olíder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), tem defendido abertamente a indicação de Sarney, que já presidiu o Senado por duas vezes, para a sucessão de Renan. Em entrevista à imprensa, Jucá afirmou que, apesar de reiterar que não é candidato ao cargo, Sarney tem recebido vários apelos para que mude de idéia.
- A posição individual dele é de não querer disputar, mas às vezes a posição individual deve ser colocada em segundo plano para o bem coletivo. Ele é o melhor nome, com respeito aos demais colegas - afirmou o líder do governo.
Jucá admitiu ainda que existe um movimento para convencer Sarney a disputar a Presidência do Senado, por vontade não somente de caciques do PMDB, mas também do próprio Palácio do Planalto.
Com relação à indicação de Sarney ao cargo, o líder do DEM, senador José Agripino (RN), embora não tenha declarado apoio formal à candidatura, afirmou à imprensa que se trata de um nome de maior consenso em relação aos outros quatro candidatos à vaga.
- Sarney, dentro do Senado, é parte histórica do Brasil. Se o PMDB decidir pelo nome dele, eu levarei o nome à consideração da bancada do Democratas. O DEM nunca se manifestou contra José Sarney - ressaltou Agripino.
CPMF
Com relação à votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) até 2011, Raupp afirmou que ainda há espaço para negociação, principalmente por meio de uma redução gradual da alíquota, que hoje é de 0,38% sobre qualquer movimentação bancária.
- Qualquer proposta poderá ser aceita dentro de um consenso. O país já tem condições suficientes, hoje, de reduzir a CPMF, o que não podemos é tirar quarenta bilhões de reais de uma tirada só - acredita o líder do PMDB.
Quanto às reivindicações de se destinar parcela maior da CPMF à área da saúde, Raupp observou que, em se tratando de uma área tão importante para o país, "todo dinheiro destinado é pouco", mas é preciso também prever mais recursos para a saúde por meio do Orçamento da União.
- Quando a CPMF foi criada, o objetivo era de que cem por cento dos recursos fossem dirigidos para a saúde - lembrou Raupp.
06/12/2007
Agência Senado
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