Pnuma coreana patrocina projeto que incentiva à conservação de boto brasileiro
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) junto com Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) recebeu, na terça-feira (17), por meio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma/Coreia) patrocínio que será destinado à pesquisa e às campanhas de educação ambiental com o intuito de minimizar a caça predatória dos botos vermelhos da Amazônia.
Junto com uma empresa de cosméticos da Coreia do Sul, a Etude House, a Pnuma lançou a campanha "Missing U" (“Saudades de você”, na tradução livre), que apoiará a proteção de quatro espécies de animais ameaçados de extinção: o boto-vermelho da Amazônia, a foca da Groelândia, o pinguim-azul e o urso-panda.
"Nosso trabalho tem atraído a atenção da sociedade nacional e internacional. Incentivos como este, de uma empresa coreana, são a prova disto. Os consumidores estão ficando cada vez mais exigentes e optando por marcas que tenham algum valor ambiental agregado. Já é a terceira empresa coreana que apóia nosso projeto financeiramente, por meio do programa. Algumas empresas brasileiras já realizam este tipo de apoio, mas acredito que ainda existam grandes possibilidades de parcerias entre as ONGs, que executam trabalhos relevantes, e a iniciativa privada brasileira", ressalta o diretor-executivo da Ampa, Jone César Silva.
Estima-se que a população de boto-vermelho vem diminuindo 10% ao ano, em algumas regiões da Amazônia. A principal ameaça sobre esses golfinhos é a captura para uso como isca na pesca da piracatinga.
Incentivo à conservação
A Etude House produziu um novo creme para as mãos, cujo recipiente especial representa um personagem de cada espécie. A embalagem do cosmético apresenta informações a respeito das ameaças que estes animais sofrem no mundo, e parte dos lucros, provenientes da venda dos produtos, é doado para atividades de pesquisa e conservação destas espécies.
Projeto Boto
O Projeto Boto do Inpa iniciou em 1993 e nesses 17 anos, o projeto já marcou e monitorou mais de 500 botos que usam o sistema de rios da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (próxima a cidade de Tefé, distante da capital amazonense 663 km) para viver, alimentar-se e reproduzir.
Fonte:
Inpa
19/01/2012 19:06
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