Poeta homenageado no Salão do Tocantins é leitor contumaz das publicações do Senado



O poeta mineiro de Itabira, Carlos Drummond de Andrade, é um dos homenageados do 6º Salão do Livro do Tocantins, que está sendo realizado em Palmas. O outro é o também mineiro, só que de Araguari, Odir Rocha. Poeta, contista, pesquisador em história e médico, Odir Rocha é leitor contumaz e entusiasta das obras publicadas pelo Conselho Editorial do Senado Federal. Nesta sexta-feira (26) ele visitou o estande da instituição montado na feira literária que o está homenageando e adquiriu nove livros. Entre eles, A Coluna Prestes no Piauí, do historiador Chico Castro. A publicação descreve a passagem de Prestes pelo estado nordestino em 1926, durante sua marcha pelo interior do país na defesa de reformas políticas e sociais.

- Devo ter uns 15 livros sobre a Coluna Prestes, mas nenhum deles falava sobre essa ação no Piauí. Como algum dia pretendo, se tiver fôlego, escrever algo sobre a influência da Coluna Prestes, preciso reunir a maior quantidade possível de dados históricos. Melhor ainda quando a publicação possui essa qualidade gráfica que as edições do Senado oferece. Os livros são muito bem elaborados, a começar pela capa, além disso os preços são convidativos. A editora do Senado oferece a oportunidade de ler autores brasileiros que já se foram há muito tempo ou então conhecer estrangeiros contando através de sua ótica como era o Brasil nos séculos passados - disse Odir Rocha.

Outro dos livros que Odir Rocha comprou no estande do Senado foi Missão Rondon, que reúne as anotações feitas pela Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas, dirigida pelo então coronel de engenharia Cândido Mariano da Silva Rondon. O poeta mineiro, morador de Tocantins desde a fundação do estado, revelou que Prestes e Rondon são dois dos quatro brasileiros que ele mais estuda. Os outros são Couto Magalhães, o único político a governar quatro estados diferentes no Brasil (Goiás, Mato Grosso, Pará e São Paulo) e o brigadeiro Lysias Rodrigues, responsável pela criação da rota ligando Uberaba a Belém, que viabilizou a criação do Correio Aéreo Nacional (CAN).

Odir Rocha lamentou que Couto Magalhães e Lysias Rodrigues, embora muito tenham feito pelo Brasil, não sejam reconhecidos. Ele sugeriu ao Conselho Editorial do Senado que analise a possibilidade de publicar obras escritas pelos dois, ou de outros autores sobre eles. O poeta, que é médico formado na Faculdade de Ciências Médicas da Pontifícia Universidade do Paraná, ocupa cadeira na Academia de Letras do Tocantins cujo patrono é Lysias Rodrigues.

- É muito difícil encontrar obras sobre essas duas figuras, que são das mais injustiçadas do nosso país - disse.



26/03/2010

Agência Senado


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