POPULAÇÃO NÃO SABE SE COMPRARIA.ALIMENTO GENETICAMENTE MODIFICADO



Pesquisa realizada em três capitais brasileiras constatou que a maioria da população não tem uma posição definida sobre se compraria ou não algum alimento geneticamente modificado. A informação foi fornecida pela membro da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Leila Oda, durante os debates da mesa-redonda Bioética e Biossegurança: Limites e Interfaces, evento integrante da programação do seminário Clonagem e Transgênicos: Impactos e Perspectivas.Leila Oda registrou que foram pesquisados 600 freqüentadores de supermercados. A maioria dos questionários apontou que as pessoas estão percebendo melhoramentos na qualidade dos alimentos. Por outro lado, ela destacou que, enquanto em Porto Alegre a maioria das pessoas consultadas já ouviu falar em biotecnologia, em São Paulo o resultado foi o inverso. Outro participante da mesa-redonda, o professor Volney Garrafa, da Universidade de Brasília, defendeu que o Brasil adote uma posição de prudência diante das questões relacionadas com clonagem e transgênicos. Ele criticou os debates que vêm sendo realizados sobre o tema por estarem sendo pautados pelo maniqueísmo.Na opinião de Volney Garrafa, se fosse realizado um plebiscito no Brasil sobre a liberação do plantio dos produtos geneticamente modificados, a resposta seria negativa. Ele justificou que a população sente-se temerosa por não ter conhecimentos suficientes sobre o assunto e também por não ter confiança no governo como um fiscal que possa garantir que os transgênicos não oferecerão riscos à saúde.

09/06/1999

Agência Senado


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