Poucas empresas acreditam em retorno financeiro gerados pela sustentabilidade, diz Sebrae



Embora pratiquem no dia a dia ações de sustentabilidade ambiental, como a coleta seletiva de lixo e o controle do consumo de papel, de água e de energia, somente 46% das micro e pequenas empresas brasileiras acreditam que a questão do meio ambiente pode gerar ganhos financeiros a seus negócios. Isso é o que revela uma pesquisa divulgada, sobre o perfil da sustentabilidade em empresas, divulgada pelo presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Luiz Barretto.

Do total de 3.912 empresários entrevistados pelo Sebrae no início deste ano, 80,6% disseram controlar o consumo de água, 81,7%, o consumo de energia, 70,2% fazem a coleta seletiva de lixo e 72,4% controlam o consumo de papel.

Apesar dessas ações pontuais, 51,7% informaram não ter o hábito de usar materiais recicláveis no processo produtivo, 83,4% não fazem captação da água da chuva ou reutilização de água e 50,9% não reciclam lixo eletrônico ou pneus.

Por outro lado, a grande maioria das empresas consultadas (mais de 80%) entende que a sustentabilidade engloba os eixos ambiental, econômico e social. Luiz Barretto informou que 79% dos empresários entrevistados estão conscientes de que empresas que têm ações sustentáveis podem atrair mais clientes e que 69% acreditam que essas ações passam uma boa imagem da empresa para os consumidores.

“Significa aumento de mercado e de valor agregado ao produto, ganho de eficiência e oportunidade de fidelização dos clientes”, disse o presidente.

O diretor técnico do Sebrae nacional, Carlos Alberto dos Santos, citou o caso da lavanderia Prillav, de Rondonópolis (MT), considerada referência nacional em sustentabilidade no segmento. A empresa investiu R$ 152 mil em modernização tecnológica, teve aumento de 8,8% na receita mensal e redução de custos de 2,8%. O consumo de água foi reduzido 32%, enquanto o consumo de combustíveis caiu 36% e os gastos com manutenção de equipamentos diminuíram 42%.

Outro exemplo dado, é da cachaçaria Extrema, no Rio Grande do Norte, que fabrica aguardente tradicional, investiu R$ 231 mil para a adoção de práticas sustentáveis. A receita média mensal da empresa aumentou 38,2% e a lucratividade cresceu 44%. O consumo de água caiu 46% e o de energia, 76%. A folha de pagamento aumentou 50%, enquanto o consumo de combustíveis declinou 100%.

 

Fonte:
Agência Brasil



04/05/2012 11:45


Artigos Relacionados


Quase 80% dos novos empregos de julho foram gerados em pequenas empresas

Mais de 50% dos empregos gerados de 2008 a 2011 foram em empresas de alto crescimento

Representante do Ministério dos Transportes garante que transporte ferroviário traz retorno financeiro, ambiental e social

Capiberibe alerta para risco de conflitos internacionais gerados por disputa pela água

Poucas caras novas na briga pela Câmara

Faturamento das micro e pequenas empresas aumenta em 2011, diz Sebrae-SP