Preços Agrícolas aumentam 1,44% na terceira quadrissemana de novembro



Batata, amendoim, laranja, feijão, carnes bovina e de frango tiveram maiores variações

O IqPR - Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista registrou aumento de 1,44% na terceira quadrissemana de novembro, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola - IEA/Apta da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os produtos que registraram as maiores altas foram: batata (14,04%), amendoim (8,71%), laranja para mesa (8,70%), feijão (6,24%) e carnes bovina e de frango (ambas com reajustes de 4,73%).

No caso da batata, o final da safra de inverno reduziu a oferta e aumentou o preço recebido pelos produtores - revertendo a conjuntura de preços cadentes de meses anteriores - num processo de recuperação expressiva na gangorra de preços deste perecível, afirmam Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves, pesquisadores do IEA.

No amendoim, os preços elevados em pleno plantio refletem a escassez relativa do produto neste período do ano, numa tendência que será estendida até o prenúncio da próxima colheita.

Na laranja de mesa a entressafra e os primeiros dias quentes revertem as expectativas para os preços, que agora tendem a elevar-se com a entrada do verão num horizonte até o começo da próxima safra.

No feijão o atraso do plantio da safra das águas por fenômenos climáticos cria escassez conjuntural em novembro e possivelmente em dezembro, levando a preços ascendentes cuja expectativa de reversão depende dos volumes e do momento em que efetivamente inicie a oferta da safra das águas.

Nas carnes de frango e bovina verificam-se incrementos das vendas externas numa situação de atraso na oferta interna. No caso do frango, pela não reposição de quantidade suficiente de pintos para garantir aumento da produção; na carne bovina, em função de que a demora das chuvas, em importantes espaços produtores, reduziu o número de animais para o abate. Ademais, a proximidade das festas de final do ano contribui para esta tendência, em especial para a carne bovina.

Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços no período analisado foram: algodão (4,39%), café (3,34%), ovos (3,29%) e soja (2,78%).

Os casos do algodão e da soja refletem, além dos impactos diretos da crise econômica nos preços dessas commodities, a existência de uma acomodação face aos movimentos do câmbio para baixo após expectativas de alta.

No café ocorre uma acomodação dos preços internacionais com reflexos no mercado interno, contudo sem uma indicação nítida de tendência.

Nos ovos, a maior pressão na demanda por parte das indústrias alimentícias (para a confecção de produtos tradicionais do final de ano, como o panetone) ocorreu nos meses de agosto e setembro. Em meados de outubro essas compras industriais começaram a se arrefecerem e a oferta tem se tornado maior que a procura. Isso já tem levado muitos avicultores a descartarem aves no intuito de diminuir a produção de ovos.

A íntegra da análise está disponível neste site.

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento



11/29/2011


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