Presidente da Fiesp oferece a Sarney experiência da comissão anticrise da indústria



Recebido, na manhã desta terça-feira (10), pelo presidente do Senado, José Sarney, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, informou que, desde a eclosão da crise financeira mundial, aquela entidade criou uma comissão anticrise, destinada a encontrar soluções para seu enfrentamento. Como Sarney decidiu criar comissão semelhante no Senado, Skaf disse que deseja trazer as informações e propostas coligidas na Fiesp para o Legislativo.

Ele afirmou que, nos primeiros momentos da crise, juntou setores das áreas de economia, competitividade, relações internacionais, institucional e jurídica da Fiesp para formar essa comissão anticrise. Afirmou que essa é uma experiência de quatro meses e de trabalho diário que já resultou em muitas propostas, prontas para serem examinadas pela comissão a ser formada pelo Senado.

- Tão logo seja instalada a comissão anticrise do Senado, faremos um trabalho conjunto. Nós colocaremos à disposição do Senado todo o nosso conhecimento, todas as nossas informações, todas as propostas, tudo aquilo que temos e que é fruto de um trabalho intenso.

Em entrevista concedida à saída da Presidência do Senado, Skaf fez uma ampla defesa da indústria brasileira contra as práticas protecionistas que começam a ser aplicadas por outros países, referindo-se, sobretudo, a China e Argentina. Na avaliação do presidente da Fiesp, os empresários brasileiros estão sendo vítimas de práticas que caracterizam dumping.

- Temos que separar protecionismo dos mecanismos legítimos de defesa comercial. Não podemos permitir em hipótese nenhuma as práticas desleais ou ilegais de comércio. Nós sabemos que os mercados americano e europeu caíram muito. E sabemos que a China está com grandes volumes e poderá nos atingir com esses estoques a preços muito baixos, com prática de dumping, com práticas desleais e até ilegais de comércio.

Paulo Skaf alertou ainda que a Argentina está impondo restrições às exportações brasileiras ao lembrar que não foram concedidas guias para exportação para aquele país, solicitadas em outubro do ano passado, para permitir a venda de alguns produtos brasileiros.

- Em relação a práticas como essas, impondo restrições às nossas exportações, temos que responder impondo restrições às exportações dos argentinos - advertiu.



10/02/2009

Agência Senado


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