Presidente volta do Natal no Pantanal







Presidente volta do Natal no Pantanal
O presidente Fernando Henrique Cardoso embarca hoje de volta a Brasília depois de passar quatro dias no Refúgio Ecológico Caiman, no município de Miranda (MS), a 236 quilômetros de Campo Grande. Fernando Henrique passou o Natal com dona Ruth, os filhos Beatriz e Paulo Henrique e quatro netos.

Disposto a descansar e a manter-se longe da polêmica envolvendo a Argentina, Fernando Henrique evitou falar com jornalistas e aproveitou para fazer passeios com a família pelo hotel-fazenda.
Ontem, ao ser informado sobre a tragédia no Rio de Janeiro por causa das fortes chuvas, ele determinou que o ministro da Integração Nacional, Ney Suassuna, se deslocasse para o estado para que acompanhasse de perto o resgate das vítimas da enchente.

O embarque do presidente está previsto para ocorrer às 11h40 de hoje, horário de Brasília, na Base Aérea de Campo Grande. No sábado, primeiro dia de passeio, Fernando Henrique quis mostrar aos netos e aos filhos os ninhos de araras azuis e chegou a alimentar jacarés num local chamado Ponto do Paizinho, no hotel fazenda Caiman, que tem 53 mil hectares. No domingo, passeou pelo Aquidauana, um dos principais rios de Mato Grosso do Sul, e fez um safari pela fazenda nos chamados Zebrões, caminhões com carroceria coberta e bancos laterais. Ontem participou de um passeio de barco no rio Aquidauana.


Genro do juiz Nicolau terá sigilo preservado
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Paulo Costa Leite, suspendeu a quebra do sigilo fiscal, bancário, telefônico e telemático de Francisco Antônio de Azevedo, genro do juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto. A quebra do sigilo de Azevedo havia sido determinada pelo Tribunal Regional Federal da 3.ª região (São Paulo). O habeas-corpus foi pedido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo. Nicolau é o principal suspeito de desvio de recursos da obra superfaturada do Fórum Trabalhista de São Paulo e está preso. A OAB alegou que a quebra do sigilo do genro o constrangia profissionalmente.


Governo chama parlamentares para votar hoje o Orçamento
Os líderes da base governista apostam em que haverá hoje no Congresso número suficente de parlamentes para tentar concluir a votação dos destaques ao Orçamento da União de 2002. Mas também se espera que a sessão da Comissão Mista de Orçamento, prevista para começar às 14h30m, seja tumultuada e repita o duelo entre governo e oposição, ocorrido na madrugada de sábado até os trabalhos serem interrompidos por falta de quórum.

O vice-líder do governo no Congresso, deputado Ricardo Barros (PPB-PR), garante que "a oposição perdeu o discurso e terá muita dificuldade para sustentar uma obstrução." Tanto os aliados do governo quanto os líderes de partidos de oposição reúnem-se amanhã para avaliar suas estratégias.
Pela manhã, o líder do governo no Congresso, deputado Heráclito Fortes (PFL-PI), fará um levantamento da presença de parlamentares em Brasília e reafirmará a estratégia de realizar sessões de, no máximo, duas horas para impedir que a oposição peça verificação de quórum.

Para manter a sessão na Comissão Mista e votar os destaques, o regimento exige a presença de 12 senadores e 33 deputados. "Deveremos ter entre 15 e 16 senadores. Se precisar, podemos chamar os parlamentares substitutos para cobrir eventuais ausências", afirma o vice-líder do governo no Senado, Romero Jucá (PSDB-RR), que ficou em Brasília só para preparar a votação do Orçamento.

Oposição tentará obstruir
"O governo tem maioria esmagadora na Comissão e, se quiser, conclui a votação dos destaques de um Orçamento que, além de inflacionário, é uma demonstração de falta de austeridade nas contas públicas", acusa o líder do PDT, deputado Miro Teixeira (RJ).
Na reunião de avaliação, os líderes governistas vão analisar também as chances de o Orçamento ser votado amanhã mesmo no plenário do Congresso Nacional, caso consigam votar todos os destaques até a madrugada. Essa hipótese, porém, não é consenso na base aliada. "A tendência é encerrar a votação na Comissão amanhã mesmo, mas estamos preparados para ir até sexta-feira", previu Jucá, revelando pessimismo quanto à possibilidade de que o plenário do Congresso aprove o Orçamento até o dia 28.

Enquanto os governistas fazem as contas, os líderes de oposição estarão também reunidos em busca da unificação do discurso. Miro Teixeira vai propor que os partidos oposicionistas tentem, por meio de destaque, suprimir do relatório as verbas que, segundo o líder pedetista, se destinariam aos líderes governistas e aos integrantes da Mesa da Câmara. "São recursos advindos de receitas condicionadas para atender ao núcleo de poder da Comissão de Orçamento, processo semelhante ao que ocorreu na era Collor e no escândalo dos anões do Orçamento", denuncia.

O líder do PT na Câmara, Walter Pinheiro, concorda com o colega do PDT ao afirmar que "o relator-geral do Orçamento, deputado Sampaio Dória (PSDB-SP), tem poderes para movimentar sozinho, por exemplo, o montante de R$ 850 milhões e,m esmo que não se levantem suspeitas sobre sua honestidade, não há dúvida de que é algo muito arriscado", disse Pinheiro. Segundo ele, esses recursos seriam usados como moeda eleitoral.

Os integrantes da base governista e da oposição só concordam ao prever que a reunião de amanhã atravessará a madrugada e, mais uma vez, confrontará os dois grupos. "Será uma discussão cansativa e política. Um exercício de paciência. Vamos esperar e ver o que acontece", conclui o deputado Heráclito Fortes.


Caem acidentes no feriadão de Natal deste ano
O Natal foi mais tranqüilo este ano nas estradas brasileiras. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, foram registrados 980 acidentes contra 1.112 em 2000, uma redução de 11,87%. O índice de mortes diminuiu 44,56% em comparação com o ano passado, caindo de 92 para 51. Houve uma redução de 15,81% no número de feridos (793 pessoas contra 942 em 2000). Tudo isso apesar do tráfego intenso: dos 34 milhões de carros do País, quase 12 milhões circularam em rodovias no Natal.

No Distrito Federal, foi registrada uma morte nas rodovias federais contra cinco em 2000. No entanto, um atropelamento com vítima fatal, na segunda-feira, não foi computado pela PF. Foram dez acidentes, seis a menos que no ano passado.

De acordo com a Polícia Federal, a redução no número e na violência dos acidentes se deve à Operação Natal, que teve início à 0h do dia 23 e terminou na madrugada de ontem. Em todas as rodovias federais se intensificou o trabalho de fiscalização, com presença de 4 mil policiais. Ultrapassagens perigosas e excesso de velocidade foram responsáveis pela maioria dos acidentes.


Sobe para 49 o número de mortos no Rio
Chuva que castiga estado desde o último domingo causa novos deslizamentos de terra .

Já são 49 os mortos em conseqüência das chuvas que atingem o Estado do Rio de Janeiro desde domingo.
Seis corpos foram encontrados ontem em Petrópolis, aumentando para 34 o número de mortos na cidade. Também foram registradas mais mortes em Duque de Caxias, Paracambi, Niterói e na cidade do Rio.
Ainda há desaparecidos. Equipes de resgate procuram novas vítimas. Os trabalhos de busca estão concentrados em Petrópolis, Caxias, Rio, Paracambi, Niterói, Mendes e Japeri.

Um deslizamento de terra atingiu ontem 20 barracos no Morro do Turano, bairro do Rio Comprido, Zona Norte do Rio, mas até o início da noite ainda não havia informações sobre feridos. Segundo o Corpo de Bombeiros, cerca de 120 pessoas ficaram desabrigadas.
A Defesa Civil contabilizou pelo menos 171 desabrigados e 1.181 desalojados em todo o estado. Desabrigados são aqueles que perd eram definitivamente suas casas. Os desalojados são os que não podem retornar para suas residências, que estão em situação de risco ou alagadas.

A rodovia BR-040, que liga o Rio de Janeiro a Petrópolis, voltou a ser interditada ontem. No meio da tarde, porém, foi liberada para tráfego por meio de comboios durante cerca de uma hora. Depois, voltou a ser fechada devido à forte chuva e ao nevoeiro, que podem provocar acidentes.


Artigos

Um médico chamado Dráuzio
Sylvio Guedes

Simples, direto, interessado, solidário, preocupado, motivador, o médico Dráuzio Varela é a antítese dos "doutores" modernos que as faculdades de Medicina têm despejado sobre os pacientes nas últimas décadas. Dráuzio sempre foi um cara bacana, só lhe faltava alardear isso aos quatro cantos. E seus sensacionais quadros de medicina popular no Fantástico são um achado jornalístico, possivelmente a mais eficiente e bem solucionada fórmula de falar com as pessoas sobre aquilo que lhes pode, efetivamente, dizer respeito.
Dráuzio se despoja de toda a pompa e circunstância, das palavras difíceis e dos nomes científicos. Seu conhecimento médico é apenas o meio, e não o fim. Por meio do que os livros, os professores e a experiência lhe ensinaram, Dráuzio transmite a milhões de brasileiros noções simples, soluções baratas, providências rápidas e eficazes.

Em um domingo, lá está Dráuzio ensinando, com cobertores ou até jornais velhos enrolados, a imobilizar um tornozelo torcido ou uma canela fraturada. No outro, desmistificando todas as besteiras que pensávamos saber sobre picadas de cobra ou mostrando como ajudar uma pessoa acidentada, até que o socorro médico profissional chegue.
Dráuzio é um homem solidário e ativo, que já investiu seu talento na arte de transmitir noções de sexo seguro para jovens e que mergulhou no inferno do Carandiru durante meses para produzir um relato dramático, mas não melodramático, da vida dos detentos na maior penitenciária do País.

Vendo e ouvindo aquele senhor magro conversar e ensinar às pessoas coisas que podem até salvar vidas, fico matutando: como é que os médicos, ressalvadas as honrosas (e sei que existem) exceções, acabaram virando esses seres insensíveis, para os quais os pacientes sequer têm nome e merecem, no máximo, 15 minutos de seu precioso e dispendioso tempo?

O doutor Dráuzio Varela (esse realmente merece o título) é o meu tipo inesquecível de final de ano. Um cidadão brasileiro que brilha no meio da escuridão como um farol, indicando para seus colegas mais jovens de todo o país o caminho a ser seguido no ofício da medicina: o da solidariedade e da humildade.
Solidariedade para entender que o doente precisa, sim, de receitas médicas e pedidos de exames, mas necessita, às vezes muito mais, de carinho, compreensão e uma palavra amiga. Humildade para ver que a sabedoria não está em colocar-se acima dos que nada sabem, mas ajudar as pessoas a subirem sempre um degrau a mais. Os médicos têm muito o que aprender com ele. Recomendo assistirem ao Fantástico todos os domingos.


Colunistas

Claudio Humberto

Aécio na cabeça
Até os talebans da campanha de José Serra já começam a reconhecer que Fernando Henrique prepara Aécio Neves para a campanha presidencial. FhC sonha com o tucano na cabeça de chapa, com Roseana de vice.

Responda rápido
Se você fosse neto de Tancredo, aceitaria uma Sarney como vice?

Censurada notícia contra juiz
Apesar da garantia constitucional à liberdade de informação, a juíza federal Zélia Maria Antunes Alves, de São Paulo, reinstituiu a censura, proibindo notícias sobre o caso do colega Renato Mehana Khamis, do TRT de São Paulo, acusado de assédio sexual contra uma subordinada. A decisão atinge a Editora Abril (que publica a revista Veja) “e outros”. O presidente do TST, Almir Pazzianotto, também foi longe, em defesa do colega: mandou a Polícia Federal investigar o vazamento da informação.

Duda lá
O marqueteiro Duda Mendonça, atualmente a serviço do PT, embarca na primeira semana de janeiro para a província de Córdoba, na Argentina. Ele vai ser convidado a comandar a provável campanha do governador Juan Manuel de La Sota a presidente, pelo Partido Justicialista.

Boca de espera
O prefeito Cesar Maia revelou a amigos que apenas aguarda a confirmação da candidatura presidencial de Anthony Garotinho para anunciar que vai disputar a sucessão estadual, no Rio de Janeiro. César só teme a Garotinho, que considera candidato imbatível à reeleição.

Burrocracia campeã
O jornal Kolpingblat, instituição da igreja católica alemã, com milhares de associados, desestimula o envio de roupas usadas para carentes no Brasil. Alega que nossa alfândega cobra impostos elevados para liberar os donativos, que em geral são devolvidos e a conta enviada ao remetente. Uma saída seria a carta-doação, legalizada pelos consulados brasileiros e prevista em norma da Receita Federal.

Lularemos
O alto tucanato paulista já decidiu: se a candidatura Roseana Sarney pelo PFL for mesmo para valer, os tucanos históricos, ligados a Mário Covas, apoiarão Lula na sucessão presidencial.

Mudanças na Bahia
A turma de ACM anda mesmo em baixa. Sérgio Pessoa Guimarães, que os amigos chamam carinhosamente de “Sérgio Lalau”, último soldado de ACM no governo federal (ele se finge de morto na diretoria da Petroquímica Triunfo), finalmente foi executado por uma dívida de R$ 2,7 milhões na agência do Banco do Brasil em Itaberaba (BA).

Esqueçam que eu existo
Bin Laden morreu de doença? Essa piada morreu de velha...

Nem te conto
O ex-ministro Rafael Greca soube apenas horas antes de ser anunciada a decisão do governador do Paraná, Jaime Lerner, de extinguir sete secretarias, incluindo a sua, de Comunicação. Logo ele, candidato a governador, que se apresentava como o “comandante” do processo sucessório. A conversa entre os dois foi muito tensa, mas inútil.

Ingratidão
Se o ex-ministro Waldeck Ornéllas ouvisse o que diz dele o presidente da Unisys, Vítor Reis, enquanto elogia a atual administração da Previdência, alguém chamaria d. Anadyr Rodrigues, a corregedora-geral da União.

Meia-volta
Acredita-se nos meios jurídicos que há o dedo do Planalto na meia-volta do desembargador Gama Malcher, do Rio, que reviu a própria decisão de suspender a validade das cartas-convite da Petrobras. Ele havia deferido liminar a German Eframovich, da Marítima Petróleo, que alegou prejuízo por ter sido preterido durante a gestão de Henri Reichstul na estatal.

Bush do caixão
O grande tititi na Flórida é o “Funeralgate”: o cemitério de Robert Waltrip, amigão e doador de campanha de Geroge W. Bush, “recicla” cadáveres, incinerando-os para abrir novos túmulos. A empresa texana SCI é o maior cemitério do mundo. Um juiz enterrou o escândalo quando Bush era governador do Texas. A TV americana mostrou cenas de arrepiar.

BNDES intimado
A Corregedoria-Geral da União instaurou um procedimento de “exame preferencial” para apurar a denúncia sobre o empréstimo de R$ 4,5 milhões do BNDES à Caixa Econômica de Goiás (Caixego), com o objetivo de cobrir parte do desvio de R$ 5 milhões que levou aliados do senador Íris Rezende ao xilindró. O BNDES já foi intimado a explicar.

Assim é, se lhe parece
Para tentar evitar falatório, o ministro Nelson Jobim, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e a esposa Adrienne de Sena, não serão hóspedes da família Marinho, no Réveillon. São convidados para a festa, mas ficarão na casa de Lucinha e João Araújo, diretor da Som Livre.

PODER SEM PUDOR

O anúncio arquivado
Os políticos continuam usando o futebol sem o menor pudor. Giovane Gionédis, ex-secretário da Fazenda do Paraná, presidente eleito do Coritiba e candidato em 2002, publicou nos jornais locais um anúncio saudando o rival Atlético Paranaense, novo campeão brasileiro, “por chegar ao Alto da Glória”, numa alusão ao local do estádio de seu time.
Mas o que estava engatilhado mesmo era outro anúncio, tripudiando sobre uma eventual derrota atleticana diante do São Caetano: de página inteira, com fundo preto, trazia a inscrição “Conhecemos o seu valor”. E assinava: “Coritiba, o único campeão brasileiro do Paraná”. Não é mais.


Editorial

Comércio exterior

Esta é outra vitória dos empresários que acreditaram num novo perfil econômico da cidade criada para ser centro administrativo
A imagem de empresas produzindo bens no Distrito Federal não passou pelos sonhos dos idealizadores de Brasília. O máximo que se previu foi a criação de um cinturão verde que abasteceria a nova capital de hortaliças e frutas. Hoje o Distrito Federal tem revelado sua face produtiva com uma série de indústrias de diversos campos e um grupo de empresários que vem se revelando empreendedores dispostos a disputar mercado com centros tradicionais.

Nos últimos dois anos, o impulso do setor industrial do DF tem sido notável. A política de incentivos adotada pelo Governo do Distrito Federal tem dado certo e invertido a mão do fluxo de capitais; de comprador, Brasília passou a também vender produtos. Um estudo da Secretaria de Comércio Exterior mostra agora que mais uma barreira vem sendo quebrada e o Distrito Federal está exportando sete vezes mais este ano, outra vitória expressiva dos empresários que acreditaram num novo perfil econômico da cidade criada para ser centro administrativo.

O melhor de tudo ainda virá, segundo acreditam empresários que se organizam em consórcios para facilitar as negociações; as possibilidades de um aumento das exportações são muito grandes. E a chave do sucesso é o treinamento dos empresários que aprenderam rápido as regras do comércio internacional.


Topo da página



12/27/2001


Artigos Relacionados


Delcidio anuncia volta do Trem do Pantanal

Natal: confira os horários de pico da volta do litoral

Agripino critica presidente Lula por "insultos" na campanha eleitoral em Natal (RN)

Brasil Sem Miséria é caminho sem volta, diz presidente do IBGE

Atendimento móvel do Sebrae volta ao Poupatempo Presidente Prudente

Agripino volta a defender proposta de licença do presidente do Senado