Presidentes do Brasil e Paraguai inauguram sistema energético nesta terça (29)
Novo sistema de transmissão de 500 kV, que vai ampliar a capacidade do Paraguai de aproveitamento da energia produzida pela usina hidrelétrica de Itaipu, será inaugurada nesta terça-feira (29), pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o presidente do Paraguai, Horacio Cartes.
A cerimônia, que irá começar as 17h30, será na subestação da margem paraguaia do complexo hidrelétrico binacional, no município de Hernandárias, ao lado de Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu (PR).
Antes da inauguração, Dilma e Cartes participarão de uma reunião bilateral. Será o quinto encontro entre os dois presidentes em menos de três meses, desde que Cartes assumiu a presidência, em 15 de agosto. O último encontro foi no dia 30 de setembro, em Brasília, durante a primeira visita de Estado do presidente paraguaio ao Brasil.
Segundo informações da Agência Brasil, durante o último encontro entre os presidentes brasileiro e paraguaio, Dilma Rousseff disse que essa obra (sistema de 500 kV) vai permitir grande possibilidade de atração de investidores no Paraguai e contribuirá, sem sombra de dúvida, para a industrialização daquele país, gerando lá mais emprego e renda, disse a presidente, após o último encontro com Cartes.
Também irão participar da solenidade os diretores-gerais de Itaipu Binacional, Jorge Samek (Brasil) e James Spalding (Paraguai), o presidente da empresa responsável pela distribuição da energia no Paraguai - Administracion Nacional de Electricidad – (Ande), Victor Raúl Romero, além de ministros de Estado e autoridades dos dois países.
Mais energia para o Paraguai
O novo sistema de 500 kV inclui a ampliação da subestação da margem direita de Itaipu, a construção de uma nova subestação, em Villa Hayes, na Grande Assunção, e de uma linha de transmissão com 348 quilômetros e 759 torres, ligando a usina à capital paraguaia.
A expectativa é que o sistema de 500 kV amplie em 1.200 megawatts (MW) a capacidade de recepção pelo Paraguai da energia produzida por Itaipu. Hoje, embora seja dono de 50% de toda a produção da usina, o Paraguai consegue absorver menos de 10%; com o novo sistema, a expectativa é que o país vizinho dobre esse aproveitamento.
Quase toda a obra foi financiada pelo Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul – o Focem, com contrapartida de 15% do Paraguai. O custo total foi de US$ 320 milhões – incluindo US$ 15,8 milhões na ampliação da subestação da margem direita, US$ 165 milhões nas linhas de transmissão e US$ 105 milhões para a construção da subestação de Villa Hayes.
Jorge Samek disse que o sistema de 500 kV capacita o Paraguai para uma importante mudança de perfil econômico, deixando de ser um país essencialmente agrícola para adquirir características industriais.
“O Paraguai vive o seu melhor momento de sua história. A última estimativa aponta um índice de crescimento de 13,7% [do PIB, em 2013]. O segundo maior crescimento registrado na América Latina não vai chegar à metade do crescimento do Paraguai”, destacou.
“Se Itaipu é um exemplo de irmandade entre dois países, essa linha [de 500 kV] é um exemplo adicional, porque foi financiada com recursos não reembolsáveis do Mercosul e aporte voluntário do governo brasileiro”, disse o diretor-geral paraguaio da usina, James Spalding, na semana passada, em Assunção, durante a Expo Paraguai Brasil 2013.
Fonte:
Itaipu Binacional
29/10/2013 12:45
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