Presidentes dos Senados da Polônia e do Brasil falam de crescimento econômico



O presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu, na manhã desta terça-feira (24) o presidente do Senado da Polônia, senador Bogdan Borusewicz, que visita o Brasil acompanhado de parlamentares e dos mais importantes empresários daquele país em busca da ampliação do comércio entre as duas nações. Renan disse aos visitantes que o Brasil já viveu períodos de grande crescimento, estando agora empenhado num esforço geral para retomar essa performance.

- O crescimento econômico é uma vocação da nossa economia, mas precisamos fazer nosso dever de casa. Nessa economia globalizada, precisamos cumprir o nosso destino. Precisamos ainda fazer algumas reformas, concluir a reforma do Judiciário e conduzir as reformas tributária e fiscal para dar maior qualidade ao gasto público - destacou.

Renan também disse que o Brasil vive um excepcional momento na consolidação de sua democracia, assim como assiste a uma valiosa conjugação de esforços para acelerar o desenvolvimento. Ele explicou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aos visitantes e informou sobre o potencial do PAC para fazer o país avançar economicamente. E concluiu: "Essa visita acontece num grande momento para o Brasil".

Ao longo da conversa, os parlamentares poloneses contaram que seu país tentou implantar, sem sucesso, um programa de inclusão social como o vigente no Brasil. De posse de um volume do programa Renda Mínima, distribuído a eles pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), os visitantes disseram que o texto será de grande utilidade para executar tal projeto social na Polônia.

Além de Suplicy, participaram da conversa os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Gerson Camata (PMDB-ES), que falou da importância da imigração polonesa para o Brasil e da importância do estreitamento do comércio entre os dois países. Ele indagou de Bogdan Borusewicz se a Polônia adotará o Euro.

O presidente do Senado polonês disse que a adoção da moeda tem um lado bom e um ruim e que, por isso mesmo, a Grã-Bretanha até hoje não a adotou. Ele explicou que o ingresso na União Européia teve uma aceitação muito positiva por parte dos poloneses, mas ressalvou que do ponto de vista emocional é muito difícil para aquele povo abandonar sua moeda para adotar o Euro.

Borusewicz também disse que, com os investimentos hoje realizados pela Polônia em infra-estrutura, até 2013 o país estará num padrão de crescimento igual ao da Espanha. Ele também reclamou da negligência da Embraer pelo não-cumprimento de alguns termos em contrato assinado para a venda de aviões para seu país.

A Polônia é um dos maiores compradores de material aeronáutico brasileiro, tendo a empresa polonesa de aviação LOT adquirido, nos últimos anos, 28 aeronaves da Embraer, o que corresponde à metade de sua frota.

24/04/2007

Agência Senado


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