Prévia da inflação oficial medida pelo IPCA-15 recua em 0,10%



A prévia da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,10% em julho, um resultado que confirma a desaceleração da taxa nos últimos meses. O índice ficou abaixo da taxa de 0,23% de junho.

Com esse resultado, o acumulado no ano foi para 4,20%, fechando acima de igual período do ano anterior (3,26%). Na perspectiva dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 6,75%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,55%). Em julho de 2010, no entanto, a taxa havia sido de -0,09%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de 0,10% é a menor taxa desde agosto de 2010 (-0,05%).

Um dos principais grupos responsáveis pela redução do IPCA-15 de junho para julho, segundo o instituto,  é o dos alimentos, que chegaram a apresentar “deflação” de 0,39%, enquanto haviam registrado variação de 0,11% no mês anterior.

Ocorreu queda generalizada nos preços, e poucos itens tiveram aumento. Entre os que ficaram mais baratos, destacam-se cenoura (-11,96%), tomate (-5,18%), frutas (-5,16%), hortaliças (-4,99%), batata-inglesa (-4,13%), frango (-3,37%), carnes (-1,50%) e arroz (-1,29%). Com este resultado, o grupo alimentação e bebidas exerceu impacto de –0,09 ponto percentual no mês. Mesmo assim, a alta acumulada no ano é de 3,33%.

O movimento de desaceleração também ocorreu com as despesas com habitação, que aumentaram, mas bem menos, passando dos 0,72% de junho para 0,28% em julho, tendo em vista a queda de 0,19% nos valores dos condomínios, aliada à desaceleração na taxa de crescimento do aluguel residencial (de 0,84% para 0,46%), à menor incidência de reajustes na taxa de água e de esgoto (de 1,16% para 0,15%), à menor variação da mão-de-obra para reparos na residência (de 0,66% para 0,36%), e à queda do gás de botijão (de 0,43% para –0,24%).

Em período de liquidação, os artigos de vestuário deixaram a alta de 1,28% em junho e foram para 0,15%, também contribuindo para a redução do índice, juntamente com outros itens, a exemplo dos remédios, que passaram de 0,53% para 0,15%.

Por outro lado, subiram as despesas com o pagamento dos empregados domésticos, cuja variação saiu dos 0,33% de junho para 1,26% em julho, consistindo no item que provocou o maior impacto individual (0,05 ponto percentual).


Combustíveis

Mesmo exercendo o principal impacto para baixo no mês, com –0,06 ponto percentual, a gasolina perdeu intensidade de queda, substituindo a taxa de –3,43% de junho pela de –1,49% em julho. Isto em conseqüência da reversão do comportamento de preços do etanol, que veio com alta de 1,79% em julho após a forte queda de 16,53% do mês anterior.

A alta do etanol, entretanto, ficou concentrada na região metropolitana de São Paulo, onde o preço do litro do produto aumentou 5,75%. Aumentos relativamente acentuados também foram registrados em Curitiba (2,07%), Brasília (1,82%) e Salvador (1,55%). À exceção de Belo Horizonte, onde a variação do litro do etanol ficou em 0,17%, as demais regiões continuaram mostrando queda de preços, só que menos intensa do que no mês de junho.


Brasília teve a maior inflação

Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Brasília (0,31%) onde o grupo dos transportes (0,87%) registrou a maior taxa. Belém (-0,13%) apresentou o menor resultado, tendo em vista a expressiva queda dos alimentos (-1,03%). A seguir a tabela com os resultados por região.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 14 de junho a 13 de julho e comparados com aqueles vigentes de 14 de maio a 13 de junho de 2011.

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.


Fonte:
IBGE



20/07/2011 11:08


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