Primeiros depoentes da CPI da Segurança serão ouvidos hoje



A primeira sessão de depoimentos da CPI da Segurança Pública, presidida pelo deputado Valdir Andres (PPB) será realizada hoje, às 9h, no plenarinho. Serão ouvidos a presidente do Sindicato dos Servidores do Instituto Geral de Perícias do Estado, Adriana Wolffenbuttel; a presidente da Associação de Criminalística do Estado, Marion Werhli, e o presidente da Associação dos Legistas, Salim Sessim Paulo. Segunda-feira, o relator da CPI, deputado Vieira da Cunha (PDT) realizou uma série de visitas a delegacias da capital gaúcha. Acompanhado do presidente da Associação dos Delegados de Polícia - Asdep, José Carlos Weber, do presidente da Federação das Entidades de Classe da Área da Segurança Pública - Fecasp, Aldoir Prates dos Santos e do secretário-geral do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil - Servipol, Fernando Maciel , o deputado foi conhecer o funcionamento das DPs. Na 13ª DP, da Otto Niemeyer, Vieira da Cunha conheceu o Plantão da Zona Sul , onde foi recebido pelo delegado Horacílio Castro Carvalho, que limitou-se a mostrar as dependências da delegacia, afirmando que só prestaria declarações com a autorização prévia de seus superiores e considerou-se privilegiado em relação a outras DPs da capital. Conforme o delegado, são registradas em média 30 ocorrências por dia. O delegado Horacílio revelou que em 30 anos de polícia, participou de apenas um caso que foi resolvido através de impressão digital do autor do delito. Na 16ª DP , na Restinga, Vieira da Cunha foi recebido pelo delegado adjunto, Fábio Mota Lopes, que trabalha com o efetivo de 37 policiais e sete viaturas. "A meta do Departamento de Polícia Metropolitana é de que tenhamos 60 policiais nessa delegacia", disse. A DP da Restinga é a única do bairro e atende cerca de 800 ocorrências por mês. Mota Lopes denunciou que a demora da perícia de incêndios acaba por prejudicar o trabalho da polícia. No Centro Integrado de Segurança Pública do Morro da Cruz, o delegado da 19º DP, Luiz Antônio Ost Frank, informou que foi transferido há uma semana para a DP e que ainda não conhece o comandante da Brigada Militar do Centro Integrado. Questionado sobre a integração da Polícia Civil com a Brigada Militar afirmou que existe entrosamento e relacionamento respeitoso entre as duas corporações. O Centro completou três anos no dia 4 de abril e, para Vieira da Cunha, não está funcionando conforme sua concepção, "a união física das instalações das duas corporações foi para que existisse realmente uma ação conjunta, o que não está ocorrendo", observou. A 19ª DP conta com cinco viaturas, sendo que, no momento, duas estão em conserto, e atende cerca de 8 ocorrências por dia. O delegado também reclamou da falta de agilidade do setor de perícias, "só as que são realmente de urgência é que são atendidas", disse. O cabo Flávio Dias Prates, da Brigada Militar não soube informar a data da última operação conjunta. Na 18ª DP, da Vila Safira, as instalações são precárias e o movimento é grande no Distrito. Segundo a delegada Márcia Petri, há 30 dias nessa DP, a média de ocorrências é de 30 por dia. Lá também foi constatada a falta de recursos humanos, apenas 27 policiais para atender a demanda da área conhecida como "cemitério de carros", devido ao grande número de veículos abandonados na região. Conforme a delegada, seriam necessários 50 homens para atender a área. A falta de equipamentos também foi constatada, a DP conta apenas com dois computadores e cinco viaturas. Acompanhado dos representantes das entidades da área da Segurança Pública, Vieira da Cunha visitou também a 12ª DP, no bairro Sarandi. O delegado Hilton Müller Rodrigues informou ao deputado que está trabalhando com número insuficiente de policiais já que nos últimos meses houve um aumento significativo de licenças-saúde dos funcionários. A 19 ª DP atende em média 30 ocorrências por dia e conta com 28 policiais e três computadores. " No momento operamos com 25 policiais , três estão em licença-saúde", confirmou. "Infelizmente estamos comprovando o que já verificamos na visita anterior ao Instituto de Identificação, Departamento Médico Legal e Instituto de Criminalística. A falta de recursos humanos e material além da desestruturação do setor de perícias são os fatores que estão inviabilizando o trabalho da polícia", concluiu Vieira da Cunha. (Colaborou Francis Maia)

05/03/2001


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