Príncipe herdeiro do Japão visita o Senado na celebração dos 100 anos da imigração
No dia em que Brasil e Japão celebram o centenário da chegada dos primeiros 781 imigrantes japoneses em solo brasileiro, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, recebe, nesta quarta-feira (18), o príncipe herdeiro Naruhito, numa cerimônia marcada pelas tradições daquela Casa Imperial. A pedido da embaixada japonesa, a recomendação é que nenhum jornalista atravesse o espaço em frente à pessoa do príncipe, nem que obstrua sua passagem.
Está sendo solicitado também que, honrando o protocolo cumprido pela imprensa japonesa, ninguém caminhe ao lado do príncipe, nem o ultrapasse. Outra recomendação é que, diante de Naruhito, ninguém recue de costas com a intenção de fotografá-lo. Também não será permitido aos jornalistas falar diretamente ao príncipe, abordá-lo ou constrangê-lo insistindo em obter respostas.
Naruhito chega ao Brasil sem a esposa Masako, aconselhada pelos médicos da Casa Imperial a não realizar a viagem, muito longa e cansativa para sua saúde. Nessa visita, o príncipe herdeiro atende a um convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em agosto de 2006, enviou carta solicitando a visita do imperador Akihito e da família imperial japonesa para as cerimônias do centenário da imigração.
A primeira visita de Naruhito ao Brasil foi em 1982, ocasião em que ele se disse impressionado com os esforços empreendidos pelos imigrantes que, em 1908, partiram no navio Kasato Maru para este destino desconhecido. Para o príncipe herdeiro, os imigrantes japoneses construíram "uma ponte" entre o Brasil e o Japão, razão por que ele considera tão importante fortalecer os laços entre os dois povos.
Em abril deste ano, na cerimônia oficial de celebração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, em Tókio, o imperador Akihito disse que, atualmente, o total de descendentes de japoneses vivendo no território brasileiro ultrapassa um milhão e meio de habitantes. Isso faz com que o Brasil apresente a maior concentração de descendentes de japoneses no exterior.
Essa população carrega o sangue dos imigrantes que, em abril de 1908, deixaram o porto de Kobe para desembarcar, dois meses depois, em Santos (SP). Distribuídos entre várias fazendas brasileiras, pediram para ter respeitados os laços de união que traziam de suas regiões de origem. É sobre fatos históricos como esses que conversarão, nesta quarta-feira (18), o príncipe herdeiro e o presidente do Senado brasileiro.16/06/2008
Agência Senado
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