Procon-SP: Cesta básica de junho apresenta queda de 2,34%
O preço médio da cesta, em 31 de maio, era R$ 204,64 e passou para R$ 199,86 (30/06/06)
No mês de junho, o valor da cesta básica do paulistano apresentou queda de 2,34%, revela pesquisa da Fundação Procon-SP, em convênio com o Dieese. O preço médio da cesta, em 31 de maio, era R$ 204,64 e pasdfssou para R$ 199,86 (30/06/06).
O recorde da cesta básica desde o Plano Real foi verificado em 18/05/05, quando o valor chegou a R$ 221,09.
A variação no ano é de -7,63% (base 28/12/05) e, nos últimos 12 meses, de -5,43% (base 30/06/05). Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: alimentação, -2,06%, limpeza, -3,69% e higiene pessoal -2,97%.
Dos 31 produtos pesquisados na variação mensal, 12 apresentaram alta, 17 diminuíram de preço e 02 permaneceram estáveis.
Todos os grupos apresentaram variação negativa, sendo que o de Limpeza foi o que registrou a maior queda (3,69%). Dos produtos que compõem o grupo Limpeza, destacamos o sabão em pó (pac. 1 Kg.), - 5,20%.
Dentre os produtos que compõem o grupo Alimentação, destacamos os que registraram as maiores quedas de preço neste mês: carne de primeira – kg (-11,47%), feijão carioquinha – pacote 1 kg (-11,06%) e frango resfriado inteiro – kg (-5,63%).
É importante salientar que os aumentos ou quedas de preço dos produtos que compõem a cesta básica nem sempre estão atrelados a algum desequilíbrio entre oferta e demanda, motivado por razões internas (quebras de safra, política de preços mínimos aos produtores, conjuntura econômica do país, etc.) ou por razões externas (mudanças no cenário internacional, restrições políticas ou sanitárias às importações brasileiras, etc.).
As alterações de preços, especialmente as de pequena magnitude, podem refletir tão somente procedimentos adotados por determinados supermercados da amostra, seja para estimular a concorrência, para se destacar em algum segmento, ou simplesmente para “desovar” estoques, através do rebaixamento temporário dos preços.
A análise a seguir pretende focalizar, dentre os produtos com maior participação na variação do valor médio da cesta básica deste mês, aqueles cujas oferta e demanda estejam sendo (ou poderão ser) influenciados por fatores macroeconômicos.
Carne Bovina
Neste mês, o preço do quilo da carne de primeira sofreu uma redução de 11,47%. Tomando-se como base a evolução de preços da pesquisa Procon-Dieese, dos últimos cinco anos, constata-se que essa é a maior variação negativa registrada para esse período.
A carne de primeira (kg) e a de segunda s/ osso (kg) foram os produtos que mais exerceram pressão negativa na variação da Cesta Básica, pressionando a queda no valor médio.
Oito meses depois de encontrados os focos de febre aftosa nos Estados de Mato Grosso do Sul e do Paraná, as exportações da carne bovina continuam crescendo. Os produtores direcionaram a produção das regiões vetadas pela aftosa para o mercado doméstico, aumentando assim a oferta interna da carne bovina, enquanto exportaram para a Rússia o produto das demais regiões.
Além disso, outro fator que poderia justificar a baixa no preço da carne seria a estiagem que afetou a qualidade da pastagem, obrigando os pecuaristas a aumentar a venda de animais, colaborando para um maior abastecimento do produto no mercado.
Feijão
O preço do feijão carioquinha na Cesta Básica apresentou a terceira queda consecutiva no ano.
Desde o início do ano o mercado do feijão registrou alta de preço, somente a partir de abril começou a dar sinais de retração, sendo que em maio apresentou queda superior a 15%, mantendo-se em queda.
Apesar da maior procura, os estoques de produto comercial e as perspectivas de saída de mercadoria nova (extra) continuam satisfazendo o mercado.
Carne de Frango
O preço da carne de frango permanece em movimento instável.
Pressionados pela oferta excessiva de frango no mercado interno, o preço do produto voltou a cair.
Outro fator que explicaria o cenário baixista é a maior concorrência com as carnes bovina e suína, que estão com preços mais reduzidos.
Cebola
O preço da cebola apresentou, nos primeiros meses do ano, comportamento instável das variações, entretanto, verificou-se uma significativa alta em comparação ao mês de maio.
A alta do preço da cebola está creditada principalmente à dependência do mercado do produto da Argentina que vêm suprindo a demanda interna e conduzindo o comportamento dos preços para cima, uma vez que a grande maioria dos produtores nacionais de
07/07/2006
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