Produção industrial cresce 1,3% em maio e atinge patamar recorde
A atividade industrial teve um ritmo produtivo maior em maio, e o resultado disso foi um crescimento de 1,3% na produção industrial, em relação ao mês anterior, quando ocorreu uma queda de 1,2% no índice. Com o avanço de 1,3% observado no total da indústria entre abril e maio, o patamar de produção do setor alcançou o ponto mais elevado desde o início da série histórica.
Na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral permaneceu apontando expansão pelo quarto mês seguido, mas com claro movimento de redução no ritmo de crescimento nos últimos três meses. No acumulado do ano, a produção obteve crescimento d e1,8%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nas comparações contra iguais períodos do ano anterior, o setor industrial registrou resultados positivos tanto no índice mensal como no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, com predomínio de taxas positivas para a maior parte dos segmentos investigados, com destaque para os setores associados à produção de bens de capital.
Entre os ramos, 19 registraram alta
Esse aumento no ritmo de atividade em maio foi verificado na maior parte (19) dos vinte e sete ramos pesquisados, com destaque para as expansões vindas de alimentos (3,9%), produtos de metal (12,8%), veículos automotores (3,5%), máquinas e equipamentos (4,8%), refino de petróleo e produção de álcool (4,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,4%). Esses setores registraram queda na produção no mês.
Por outro lado, a principal pressão negativa ficou com a indústria farmacêutica (-12,1%), que devolveu parte dos 18,9% acumulados entre abril de 2011 e dezembro de 2010, vindo a seguir metalurgia básica (-1,9%), bebidas (-2,2%), edição e impressão (-2,4%) e equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (-5,3%).
Ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, o segmento de bens de consumo duráveis (2,7%) alcançou o resultado mais elevado entre as categorias de uso, recuperando parte da queda de 10,0% observada em abril. Os segmentos de bens de capital (1,7%) e de bens intermediários (1,5%) também registraram taxas positivas em maio, após assinalarem, respectivamente, recuo de 2,9% e de 0,6% no mês anterior. A produção de bens de consumo semi e não duráveis mostrou queda em abril (-1,5%) e estabilidade em maio (0,0%).
Média móvel trimestral ficou em 0,2%
Na evolução do índice de média móvel trimestral, o total da indústria permaneceu apontando expansão pelo quarto mês seguido, com o trimestre encerrado em maio assinalando variação positiva de 0,2% frente o nível do mês anterior, mas com redução no ritmo de crescimento na comparação com os resultados de março (0,9%) e de abril (0,4%).
Entre as categorias de uso, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, o destaque ficou com a produção de bens de capital, que avançou 0,8% em maio e manteve a sequência de taxas positivas iniciada em novembro do ano passado.
Os demais resultados positivos foram observados nos segmentos de bens intermediários (0,3%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,2%), que prosseguiram com a trajetória ascendente iniciada em outubro e dezembro de 2010, respectivamente. O setor produtor de bens de consumo duráveis (-1,1%) registrou a única taxa negativa em maio, após também mostrar queda no mês anterior (-2,4%).
Produção industrial avança 2,7% frente a 2010
Na comparação de maio de 2011 com maio de 2010, a produção industrial avançou 2,7%, com a maioria (19) das 27 atividades pesquisadas apontando crescimento. Vale citar que maio de 2011 (22 dias) teve um dia útil a mais que maio de 2010 (21 dias).
Os impactos positivos de maior importância na formação do índice global vieram de veículos automotores (6,0%), refino de petróleo e produção de álcool (8,0%), produtos de metal (13,0%), outros equipamentos de transporte (13,2%), máquinas e equipamentos (3,5%) e fumo (20,2%).
Entre os oito ramos que registraram queda na produção, as principais pressões sobre a média da indústria vieram de têxtil (-13,4%), bebidas (-6,4%) e edição e impressão (-2,6%).
Entre as categorias de uso, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, os resultados foram positivos, com bens de capital (7,1%) assinalando ritmo bem superior ao do total da indústria (2,7%), impulsionado principalmente pelo crescimento nos subsetores de bens de capital para transporte (16,7%) e para construção (24,8%) e, em menor escala, por bens de capital para fins industriais (0,8%).
Ainda no confronto com maio de 2010, avançando abaixo do total da indústria figuraram os setores produtores de bens intermediários (2,4%), de bens de consumo duráveis (2,3%) e de bens de consumo semi e não duráveis (2,0%).
No acumulado em 2011, 17 das 27 atividades tiveram crescimento
No índice acumulado para janeiro-maio de 2011, contra igual período do ano anterior, o crescimento foi de 1,8% para o total da indústria, sustentado pelos resultados positivos em todas as categorias de uso e na maior parte (17) das vinte e sete atividades investigadas. O ramo de veículos automotores, com expansão de 6,9%, se manteve como o de maior influência positiva na formação do índice geral, impulsionado pelo avanço na produção de aproximadamente 83% dos produtos pesquisados no setor, com destaque para a maior fabricação de caminhões, veículos para transporte de mercadorias e caminhão-trator para reboques.
Entre as categorias de uso, o perfil dos resultados para o acumulado dos cinco primeiros meses de 2011 mostrou maior dinamismo frente a igual período do ano anterior, com o segmento de bens de capital (6,4%) apontando a taxa mais elevada, impulsionado em grande parte pelos avanços nos subsetores de bens de capital para transporte e para construção, seguido por bens de consumo duráveis (2,3%), ambos com crescimento acima da média nacional (1,8%).
A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página do IBGE.
Fonte:
IBGE
01/07/2011 11:55
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