Produção Industrial recua 0,5% em maio
Em maio de 2008, a produção industrial recuou 0,5% em relação ao mês anterior. Nas demais comparações, os resultados foram positivos: 2,4% frente a maio de 2007, 6,2% para o período janeiro-maio e 6,7% nos últimos doze meses. Segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a desaceleração em maio foi mais significativa nos confrontos com iguais períodos de 2007, uma vez que há o efeito da base de comparação elevada e a influência do calendário, dois dias úteis a menos em maio de 2008.
A redução em maio, na comparação com abril, refletiu o movimento observado em 16 das 27 atividades pesquisadas. As principais pressões negativas vieram de veículos automotores (-5,5%) e de máquinas e equipamentos (-4,7%), seguidos por perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-9,7%) e alimentos (-1,3%). Por outro lado, entre os onze ramos que apresentaram crescimento, as principais contribuições vieram de bebidas (9,1%), refino de petróleo e produção de álcool (3,3%) e outros produtos químicos (3,1%).
Por categorias de uso, ainda em comparação com o mês anterior, a queda mais acentuada foi observada em bens de capital (-4,9%), depois de quatro meses consecutivos de expansão, período em que o setor acumulou taxa de 4,8%. Na comparação com maio de 2007, a produção global da indústria assinalou expansão de 2,4%, com 15 atividades sustentando taxas positivas, ritmo bem menos intenso que o observado em abril (10%) quando houve crescimento em 21 atividades.
As principais contribuições positivas sobre a média global vieram de veículos automotores (6,5%), outros equipamentos de transportes (24,2%) e indústrias extrativas (7,2%). Nestes ramos, sobressaem os itens automóveis e caminhões; aviões e motocicletas; e minérios de ferro e petróleo. Por outro lado, entre os 12 ramos com recuo na produção, as maiores pressões vieram de fumo (-21,3%), máquinas de escritório e equipamentos de informática (-9,7%) e calçados e artigos de couro (-12,9%).
Nos índices por categorias de uso, a perda de ritmo observada em maio é particularmente relevante nos setores de bens de capital, que passou de 27,6% em abril para 5,8% em maio, menor taxa desde setembro de 2006, e em bens de consumo duráveis (de 22,4% para 6,0%). Vale citar que esses dois setores foram líderes na expansão observada desde maio de 2007, sendo assim, os mais impactados pelo efeito de uma base de comparação elevada.
Fonte:
IBGE
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22/06/2010 17:59
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