Produção industrial recua 1,6% em junho



Em junho de 2011, a produção industrial recuou 1,6% frente ao mês anterior na série com ajuste sazonal, revertendo a expansão de 1,1% observada em maio. Em relação a igual mês do ano passado, a indústria apontou acréscimo de 0,9%, taxa bem menos intensa que a assinalada em maio (2,7%). Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No fechamento do segundo trimestre de 2011, o setor industrial ficou positivo frente a igual período de 2010 (0,7%), mas recuou em relação ao trimestre imediatamente anterior (-0,7%). O índice acumulado para os seis primeiros meses do ano registrou expansão de 1,7%. A taxa anualizada, acumulada nos últimos 12 meses, manteve a trajetória descendente iniciada em outubro do ano passado (11,8%), ao passar de 4,5% em maio para 3,7% em junho.

O recuo de 1,6% observado no total da indústria entre maio e junho teve perfil generalizado de queda, alcançando 20 dos 27 ramos pesquisados e todas as categorias de uso. Entre os setores, o principal impacto negativo sobre a média global veio de refino de petróleo e produção de álcool (-8,9%), pressionado em grande parte pela paralisação técnica para manutenção em plantas industriais do setor.


Comparação com junho de 2010

Na comparação com igual mês do ano passado, a produção industrial avançou 0,9% em junho de 2011, com 18 dos 27 setores apontando crescimento na produção. As contribuições positivas mais relevantes sobre a média global vieram de veículos automotores (2,5%), outros equipamentos de transporte (12,1%), farmacêutica (6,9%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (10,0%), indústrias extrativas (3,9%), minerais não metálicos (5,9%) e fumo (21,0%). Nessas atividades sobressaíram as maiores produções dos itens: caminhões, caminhão-trator e veículos para transporte de mercadorias; aviões e motocicletas; medicamentos; telefones celulares e aparelhos de comutação para telefonia celular; minérios de ferro e óleos brutos de petróleo; cimentos “portland” e ladrilho e placas de cerâmica; e fumo processado.


Acumulado em 2011

No índice acumulado do primeiro semestre do ano, frente a igual período do ano anterior, o avanço foi de 1,7% para o total da indústria, com taxas positivas em todas as categorias de uso, 19 dos 27 ramos pesquisados, 45 dos 76 subsetores e 54,3% dos 755 produtos investigados. Entre as atividades, veículos automotores, com acréscimo de 6,2%, manteve a liderança em termos de contribuição positiva sobre o índice geral, impulsionada pelos resultados positivos da maior parte dos produtos pesquisados no setor (aproximadamente 80%).

Vale citar também os avanços assinalados em outros equipamentos de transporte (12,5%), farmacêutica (6,4%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (20,8%), minerais não metálicos (4,8%), indústrias extrativas (3,0%), máquinas e equipamentos (2,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (2,0%).

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada no site do IBGE.


Fonte:
IBGE



02/08/2011 16:39


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