Professores se preparam para aperfeiçoamento nos EUA



Professores selecionados pelo Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa nos Estados Unidos (PDPI) começam a embarcar na próxima semana para o país. Intensivo, com duração de seis semanas, o curso abrange atividades acadêmicas e culturais. Professores ficam nos EUA até dia 21 de fevereiro.

Professor de língua inglesa na rede pública de educação básica de Juazeiro (BA), selecionado pelo PDPI, Hélio Lima Filho tem expectativas de aprendizado e uma missão: aprender lá e, na volta, dar treinamento aos colegas. Com Hélio, embarcam para universidades norte-americanas 525 professores de língua inglesa selecionados pelo PDPI.

Professor do Centro Educacional Luís Eduardo Magalhães, Hélio leciona a turmas do sexto e do nono anos do ensino fundamental. No conjunto, são 400 estudantes. Embora as turmas sejam grandes, de 40 a 45 alunos, Hélio conta com a paixão de todos pela língua inglesa. Ele trabalha com filmes, música e dança para motivar o aprendizado. O professor explica que não decide sozinho a dinâmica das aulas. Geralmente, pergunta aos alunos o que pretendem. Com base nas respostas, sai o planejamento. “Converso com os estudantes, e as aulas não ficam monótonas”, garante.

 Sobre o curso nos Estados Unidos, Hélio diz que é grande a ansiedade pelo dia do embarque. No curso, ele pretende conhecer novas metodologias de ensino e linguística, produzir vídeos e entrevistas, tirar fotos e trazer de lá tudo o que possa melhorar a forma de ensinar inglês e incentivar os estudantes.

O professor também já começou a elaborar projeto — um dos itens obrigatórios do curso — a ser apresentado no retorno ao Brasil. Para concluir o trabalho, ele espera trocar experiências com colegas de curso nos EUA. Hélio tem licenciatura em letras (inglês e português) e experiência de 13 anos na área. Na escola atual, são nove anos.

Vivência

Em Venâncio Aires, Rio Grande do Sul, a professora Letícia Pacheco prepara-se para viajar aos Estados Unidos pela segunda vez. Em 2006, ela tentou fazer intercâmbio no estado de Nevada. Não deu certo, mas aproveitou a oportunidade para aprimorar a conversação — trabalhou em um restaurante e como babá durante quatro meses.

 Professora de inglês há oito anos, parte deles no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFSul), Letícia volta aos EUA, agora, pelo PDPI. Este será um momento de grande aprendizagem, de intercâmbio cultural, de conhecimento da língua, que terá reflexos na prática na sala de aula. “No Brasil, ainda não temos a cultura da segunda língua”, destaca. “O professor precisa da vivência para passar aos estudantes o respeito a outras culturas.”

 Licenciada em letras (português e inglês) e literatura, com mestrado em leitura e cognição, Letícia tem cerca de 400 alunos nas aulas de inglês. Ela leciona a turmas de cursos técnicos integrados e subsequentes.

Comunicação

O aprendizado de novas técnicas de ensino e de outras metodologias motiva José Petrucio Cavalcante com a proximidade do intercâmbio. Professor de jovens de 15 a 17 anos do ensino médio da Escola Estadual Dr. Alexandre Vaz Tavares, em Macapá, José Petrucio observa que os estudantes, em grande parte, têm interesse na língua inglesa pelo uso das tecnologias da informação. “Ligados na internet, nos games, facebook e twitter, eles querem conhecer a língua para ampliar a comunicação”, explica.

 Com a experiência que vai obter no curso, o professor pretende tornar mais prazeroso o ensino de inglês para os 400 alunos, além de desenvolver projeto cultural na escola. José Petrucio é licenciado em letras (inglês) pela Universidade Federal do Amapá e leciona a disciplina há 13 anos.

Pronúncia

Em Franca, São Paulo, o professor Danilo de Matos Lopes salienta que desenvolver a conversação é um dos pontos de maior interesse do curso. “Calibrar a pronúncia” é uma meta. Para ele, a convivência intensiva com pessoas que têm o inglês como língua materna qualifica o aprendizado, e isso nenhum curso pode oferecer no Brasil.

 O professor também espera conhecer novas metodologias de ensino e verificar como elas são aplicadas nas escolas norte-americanas. Ele entende que esse conhecimento será útil no ensino da língua aos 300 estudantes da Escola Estadual Nenê Lourenço. Danilo tem licenciatura em inglês e português e atua no magistério há cinco anos.

Curso 

A capacitação pelo PDPI compreende o desenvolvimento de metodologias, curso dirigido a professores com conhecimentos avançados na língua inglesa e curso de aprimoramento em inglês nos níveis intermediários I e II, para educadores que precisam melhorar habilidades específicas na língua.

PDPI, programa do governo federal sob a responsabilidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), atende objetivos como o de valorizar os profissionais das redes públicas de educação básica e de fortalecer o domínio das habilidades linguísticas — compreender, falar, ler e escrever em inglês.

 Pelo calendário das atividades do PDPI, de 6 a 10 de janeiro próximo, os professores participarão da orientação da pré-partida e receberão o visto de entrada nos Estados Unidos. De 9 a 12 de janeiro, estarão no período de embarque. De 13 de janeiro a 21 de fevereiro, participarão do desenvolvimento das atividades nas universidades. De 21 a 23 de fevereiro, retornarão ao Brasil.

 Para a viagem, o professor terá custeados itens como passagens aéreas para deslocamentos dentro do Brasil e do Brasil aos Estados Unidos, ida e volta; seguro-saúde; alojamento no campus da universidade de destino; alimentação; taxas escolares; material didático e ajuda de custo no valor de US$ 500.

Fonte:
Ministério da Educação



10/12/2013 15:41


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