Programa 'Agenda Econômica', da TV Senado, debate valorização do Real com o economista Raul Velloso



O programa Agenda Econômica da TV Senado apresenta nesta semana entrevista com o economista da ARD Consultores Associados, Raul Velloso, que fala sobre a valorização do Real e suas consequências na economia. A TV Senado exibe o programa aos sábados (16h30 e 21h30) e aos domingos (11h30 e 22h).

Para o economista, a entrada maciça de dólares no Brasil deve prosseguir ainda por longo tempo e, por isso, a moeda brasileira deve continuar valorizada frente à americana, trazendo prejuízos para todo o setor de exportação, principalmente os produtos industrializados.

Nesta entrevista ao Agenda Econômica, Raul Velloso afirma que, embora a valorização do Real acarrete perda de competitividade do setor exportador, também proporciona um alívio nas contas públicas.

Para ele, com o forte ingresso de dólares no país, é possível não somente reduzir as taxas de juros (o que significa reduzir o custo da dívida), como também favorecer as importações e a modernização da indústria brasileira, que passa a adquirir máquinas e equipamentos mais modernos do mercado internacional.

O economista também defende a manutenção do câmbio flutuante no Brasil, como acontece em diversos outros países, deixando para o Banco Central a tarefa de manter o equilíbrio com a compra ou venda de dólares.

Na opinião de Velloso, o mundo passa agora pela fase de superação dos piores efeitos da crise econômica iniciada no final de 2008. Mas ele alerta que o período atual exige bastante cuidado dos governos, principalmente com os gastos públicos.

Para ele, os salários médios do setor público no Brasil são maiores que os da iniciativa privada. Ao referir-se às medidas anticíclicas adotadas pelo governo, ele critica a forma de aumento dos gastos correntes. Ao dar aumento de salários aos servidores públicos, o governo optou por gastos permanentes, que não poderão ser reduzidos após o fim da crise.

A opção por elevar mais os gastos correntes que os investimentos em razão da rapidez de resposta sobre a demanda e a produção foi correta - ele afirma. Mas isso poderia ser feito, por exemplo, com a concessão de bônus, que não é permanente - avalia.



21/01/2010

Agência Senado


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