Programa de inclusão social brasileiro completa 10 anos



Nos últimos 10 anos, o Programa Bolsa Família não só gerou só um conjunto de benefícios para os mais pobres, mas também possibilitou a construção do Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal, principal ferramenta de apoio às políticas públicas sociais no Brasil.

A avaliação foi feita pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, durante a abertura do Ciclo de Debates 10 Anos do Programa Bolsa Família: Avanços, Efeitos e Desafios, nesta terça-feira (13), em Brasília. O evento é organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) ,  em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP).

“Um dos frutos mais importantes desses 10 anos de Bolsa Família é ter transformado a forma de atuar do Estado brasileiro. É um mapa que permite que o governo se reorganize para chegar à população mais pobre”, ressaltou Tereza Campello. 

A ministra reconheceu que ainda é recorrente a discussão de mitos sobre o programa, como o de que a oferta da transferência de renda desestimula o trabalho. “É importante enfrentar este tipo de ideia, que não reconhece a desigualdade histórica deste país, que levou a população a ter uma situação de baixa escolaridade, com problemas graves de saúde e com falta de acesso a serviços e informações que impediam uma inclusão do ponto de vista econômico”, afirmou.

A ministra destacou a procura pela qualificação profissional dos beneficiários do Bolsa Família. Até o início de agosto, os cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) voltados ao público do Plano Brasil Sem Miséria já registraram mais de 619 mil matrículas.

O secretário executivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Paulo Roberto dos Santos Pinto, o coordenador residente do Sistema Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, a diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo, e o presidente da ABEP, Cassio Maldonado Turra, também participaram da mesa de abertura.

Combate à pobreza

O especialista da OIT no Brasil, José Ribeiro, apresentou dados que demonstram a importância do trabalho decente para o combate à pobreza. Ribeiro destacou que, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011, nas famílias com renda per capita mensal de até ¼ do salário mínimo, em sua maioria beneficiárias do Bolsa Família, 62% do rendimento vem do trabalho, formal ou informal. “Este dado reforça o que o MDS já identificou por meio do Cadastro Único, de que a população mais pobre trabalha.” 

Bolsa Família

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o País. O Bolsa Família integra o Plano Brasil Sem Miséria (BSM), que tem como foco de atuação os 16 milhões de brasileiros com renda familiar per capita inferior a R$ 70 mensais, e está baseado na garantia de renda, inclusão produtiva e no acesso aos serviços públicos.

Acesse aqui para conhecer mais detalhes do evento

 

Fonte:

Brasil Sem Miséria

MDS



23/08/2013 16:35


Artigos Relacionados


Instituto Brasileiro de Informação em C&T completa 60 anos

Primeiro satélite brasileiro completa 21 anos em órbita

Código de Trânsito Brasileiro completa 10 anos em vigor

Língua Brasileira de Sinais completa 10 anos como ferramenta eficaz de inclusão de deficientes

Lei de Orgânica de Assistência Social completa 20 anos

Ouvidoria da Previdência Social completa 13 anos