Programa em Mato Grosso monitora árvores que serão crédito de carbono com chip



O programa Copa Verde já iniciou a fase de monitoramento por chips eletrônicos das espécies plantadas às margens do rio Cuiabá, na comunidade de Barranco Alto, em Santo Antônio de Leverger (MT). Os dispositivos eletrônicos garantem mais segurança ao mercado de carbono e auxiliam técnicos no acompanhamento das propriedades ribeirinhas.

A iniciativa disponibilizou na internet informações sobre o número de mudas plantadas em cada propriedade, espécies e identidade geográfica das árvores. Já foram plantadas 50 mil mudas, de 62 diferentes espécies em 88 propriedades.

O programa é executado pelo Instituto Ação Verde, com financiamento da Agecopa. O crédito de carbono gerado pelas novas árvores será vendido pelas comunidades e comprado pela agência para compensação e neutralização de gases poluentes emitidos na construção da Arena Pantanal. Em média, cada árvore plantada captura 138 quilos de carbono durante 30 anos. A obra do estádio deve emitir 711 mil toneladas de carbono equivalente.

Nos próximos três anos, o projeto deve receber R$ 3,5 milhões em investimentos, dos quais R$ 710 mil serão destinados em forma de pagamentos por serviços ambientais aos ribeirinhos dos municípios ao longo das margens dos rios Cuiabá, Paraguai e São Lourenço. Cerca de mil hectares de Áreas de Preservação Permanentes (APPs) serão recuperados com o plantio de 1,4 milhão de árvores.

“O monitoramento das árvores permitirá total controle do processo, garantindo conhecer a origem das mudas plantadas. Toda essa identificação é também uma forma de segurança no mercado de carbono, pois garante que cada planta terá um único comprador”, assegurou o diretor técnico do Ação Verde, Paulo Borges.

Além dos chips que começaram a ser instalados nas propriedades cadastradas no programa, outra novidade é a criação das reservas de serviços ecossistêmicos, que são áreas de mata nativa já preservadas pelos ribeirinhos. Nelas, os técnicos vão instalar chips nas árvores produtoras de sementes e realizarão o trabalho de levantamento de crédito de carbono.

“Inicialmente, estavam inclusas no projeto apenas áreas com passivos ambientais, mas começamos uma nova etapa, na qual o ribeirinho que sempre conservou a mata ciliar também ingressará no mercado de carbono”, explicou Borges.

“A exploração do turismo e a conservação da natureza caminham juntas, o que torna a Copa Verde um importante instrumento de preservação dos rios formadores do Pantanal, ecossistema que atrairá milhares de turistas de todo mundo em 2014”, disse o presidente da Agecopa, Eder Moraes.


Fonte:
Portal da Copa 2014



20/09/2011 17:12


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