Programa Ligado leva crianças deficientes a eventos culturais
Com veículos adaptados, motoristas e monitores treinados, elas aproveitam o programa com conforto e segurança
Oito crianças com deficiência física ou portadoras de mobilidade reduzida, que fazem parte do programa Ligado - serviço realizado através de convênio entre EMTU e Secretaria de Estado da Educação para deslocamento expresso de deficientes - tiveram a oportunidade de assistir pela primeira vez a Orquestra Sinfônica de Heliópolis. A Sala São Paulo foi palco do espetáculo, que recebeu mais de mil estudantes.
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Logo que chegaram ao local, as crianças foram encaminhadas para um cantinho especial no mezanino. De lá, puderam ter uma visão privilegiada. Antes do espetáculo, a ansiedade era grande. “Acho que vai ser muito bonito”, revela Cintia de Lima Rodrigues.
A apresentação foi eclética, de música clássica a hinos de quatro times de futebol, passando por samba e tema do filme “Dona Flor e seus dois maridos”. A plateia ficou encantada. “Foi espetacular. A melhor parte foi o hino do meu time, o São Paulo”, diz empolgada, Bruna Sbizera.
O Programa
O Ligado foi criado, em 2009, para estimular a inclusão das pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida severa no sistema de transporte metropolitano. “Não se trata apenas de transportar pessoas, mas também de ampliar suas oportunidades em seu benefício e de toda a sociedade”, explica o governador Geraldo Alckmin.
Quem participa do programa é transportado para atividades voltadas à educação, lazer, saúde e cultura. Os veículos são adaptados e podem levar até três cadeirantes por viagem. “Não existe tratamento melhor. O Ligado busca minha neta na porta de casa e a leva de volta todos os dias”, afirma Maria Lucia Sbizera, avó de Bruna.
O programa também auxilia os alunos a manter a frequência escolar: “sem o Ligado não tem como ir para a escola”, afirma José da Silva, pai de Anderson Lucas. “Antes era muito mais difícil porque dependia de ônibus. Quando chovia não conseguia chegar ao ponto levando a cadeira de rodas”, diz Vânia Cristina França Quadrado, mãe de Giovana.
Cada um dos veículos dispõe de motorista e monitor que ajudam a cuidar das crianças. Para fazer o transporte, os profissionais recebem um curso especial. “Algumas crianças podem ter convulsão dentro do carro, por exemplo. Por isso recebemos treinamento para aprender a lidar com elas”, explica a motorista Magali Aparecida Souza, que pediu para trabalhar no Ligado assim que conheceu o Programa. “Percebo a evolução dessas crianças. É uma lição de vida”, concluí.
Do Portal do Governo do Estado
04/14/2012
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