Programas de combate à violência contra a mulher devem ser institucionalizados em todo País



A Secretaria de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, tem para este ano R$ 37 milhões em recursos que serão distribuídos aos estados mediante convênio

 

A secretária executiva da Secretaria de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves, declarou, nesta segunda-feira (17), que os serviços de proteção à mulher devem ser institucionalizados por legislações estaduais e municipais. Segundo ela, esses serviços não podem ser programas de um governo ou outro, mas sim de uma política nacional.

Outro ponto citado pela secretária é a destinação de recursos para essas políticas. “A Secretaria de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, da Secretaria de Política para Mulheres (SPM), tem para este ano R$ 37 milhões em recursos que serão distribuídos aos estados mediante convênios”. Ela diz que os estados e municípios também devem destinar recursos próprios para os serviços de combate à violência. 

A rede de enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil conta com aparatos que variam desde o recebimento de denuncias [Ligue 180] ao abrigo de mulheres que correm risco de morte [casas abrigo]. No entanto, o número de espaços destinados à proteção e ao acolhimento das vítimas atinge menos de 10% dos municípios brasileiros. Ao todo, são 380 Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams).

A assistente técnica do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), Leila Rebouças, diz que muitas Deams funcionam de forma precária e sem equipamentos adequados ao atendimento humanizado. “Muitos profissionais não têm qualificação adequada para atender a essas mulheres. Os núcleos que funcionam em delegacias normais, são os mais despreparados”.

Leila diz que o momento em que a mulher procura ajuda é delicado e que essa mulher tem que se sentir confortável e bem acolhida. A secretária Aparecida Gonçalves, entretanto, diz que as prioridades do governo na destinação de recursos este ano foram para ampliação dos serviços especializados de proteção e atendimento às mulheres, como a implementação de novas casas abrigo e centros de referencia, o que não exclui a preparação de novos servidores. 

A necessidade de formação de novos profissionais ainda é uma das principais barreiras na ampliação dos serviços de atendimento à mulher. A coordenadora da Casa Abrigo do Distrito Federal, Karla Valente, alega que os recursos destinados a preparação e manutenção dos funcionários é insuficiente. “Atualmente temos 44 servidores, destes 17 são plantonistas. Se mantivermos outra casa, não teremos servidores para trabalhar lá”, diz.

Veja entrevista sobre a importância do Disque 180, ferramenta utilizada no combate à violência doméstica contra a mulher:

 

 

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Fonte:
Agência Brasil

 

 



17/09/2012 17:04


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