Projeto Fazendo Arte na Febem realiza exposição fotográfica no Centro Cultural São Paulo
Trabalhos foram feitos pelos jovens das unidades educacionais do Complexo do Tatuapé
Será inaugurada nesta quarta-feira, dia 7, às 19h30, a exposição fotográfica Fazendo Arte na FEBEM, no Centro Cultural São Paulo. Ela retrata parte das atividades do Projeto Fique Vivo, desenvolvido na FEBEM (Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor), em unidades educacionais do Complexo do Tatuapé, localizado na cidade de São Paulo. A exposição mostra como os jovens expressam, por meio da arte, o que aprenderam nas oficinas lúdicas e participativas a respeito de temas como: paternidade, violência, drogas, aids, sexo seguro, racismo e justiça social. Os trabalhos poderão ser visto até 25 de junho, 9 às 22 horas. O Projeto Fique Vivo começou em 1998, fruto da parceria entre o Programa Estadual DST/Aids e Núcleo de Estudos para Prevenção à AIDS da Universidade de São Paulo, e conta com o apoio da Universidade da Califórnia (EUA) e Fundação MacArthur. O documentário foi realizado em 1999, pela fotógrafa paulista Perla Rossetti. Ao todo são 32 fotos em preto e branco, divididas em 6 séries. A primeira delas, Quem é o educador e quem é o educando?, retrata a metodologia do projeto, inspirada no educador Paulo Freire, pautada no respeito, no afeto e na igualdade, que abre espaço para o jovem se tornar cidadão: questionar, expor idéias, respeitar opiniões contrárias e trabalhar em equipe. A segunda série, Falando de Prevenção, mostra a produção de materiais educativos, onde os jovens criam histórias, peças de teatro, letras de música e desenhos com mensagens de prevenção. A terceira, Criação, ilustra os jovens aprendendo a ser DJs e a cantar: movimento com as mãos, colocação de voz, funcionamento e aproveitamento da aparelhagem de som. Em Redesenhando a Vida, a fotógrafa retrata os jovens na oficina de desenho, onde aprendem a lidar com a vida de forma criativa e construtiva, com novas perspectivas e cores. No grupo intitulado Grafite, eles realizam grafites que falam de saúde, cidadania, justiça e paz. Em Novos Passos, os garotos dançam break e nos intervalos tratam de questões que consideram relevantes dentro e fora da FEBEM, e as soluções encontradas para não 'dançar' na vida. Esta exposição traz à tona e ao conhecimento do grande público a criatividade, a garra e a energia destes jovens. Mostra que é possível colocar em prática propostas educacionais baseadas no interesse dos jovens, na ética, amizade e solidariedade, e prova que criminalidade juvenil é muito mais uma questão de política do que de polícia. Com esta iniciativa, a equipe compartilha com o público experiências que transformaram fotógrafa, educadores e jovens, reafirmando a possibilidade de resgate do ser humano, apesar das adversidades. Contamos com sua presença! Data: Quarta-feira, dia 7 de junho de 200006/06/2000
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