Projeto 'São Paulo Pomar/Pinheiros - Tietê: mais verde, mais vida' tem primeira fase concluída
Iniciativa privada apóia programa que já plantou 10 mil mudas de árvores e arbustos
O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, entrega nesta quarta-feira, dia 1º de março a primeira área concluída do projeto 'São Paulo Pomar/Pinheiros - Tietê: mais verde, mais vida', parceria do Estado, Jornal da Tarde e iniciativa privada, que prevê a recuperação ambiental e revegetação das margens do rio Pinheiros. O trecho piloto do projeto, realizado pela Secretaria e já concluído, foi implantado em dezembro de 1999. De lá para cá, a área de um quilômetro de extensão na margem esquerda do rio, entre as pontes João Dias e Morumbi, teve seu solo preparado, corrigido, adubado e recebeu 10 mil mudas (mil de árvores e nove mil de arbustos). Com o sucesso do plantio no primeiro quilômetro, serão iniciados os trabalhos de tratamento do solo das áreas custeadas pela empresas parceiras. Nove empresas já assinaram o termo de compromisso com a Secretaria do Meio Ambiente para arborizar 16 dos 19 quilômetros da margem esquerda do Rio Pinheiros - primeira fase do projeto. Elas vão custear o plantio, a manutenção e o trabalho dos jardineiros nestas áreas. São elas: - CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental); - EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia); - Natura Cosméticos; - COSIPA (Companhia Siderúrgica Paulista); - CAVO (Companhia Auxiliar de Viação e Obras); - Johnson & Johnson S.A; - UNIP - Universidade Paulista; - Grupo Vicunha; - EPETE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia). A Secretaria do Meio Ambiente já iniciou os estudos de solo na margem direita do rio Pinheiros e prevê que até o fim do ano o projeto 'São Paulo Pomar/Pinheiros -Tietê: mais verde, mais vida' esteja sendo realizado em toda Marginal. Futuramente, a iniciatica será estendida às margens do rio Tietê. Frentes de Trabalho Para execução do plantio, foram recrutados 100 bolsistas do Programa Emergencial de Auxílio Desemprego do Estado - as frentes de trabalho. Os bolsistas participaram de cursos de jardinagem, com aulas teóricas e práticas para capacitá-los no ofício. Eles tiveram aulas sobre noções de ecologia, morfologia e fisiologia das plantas, fertilidade dos solos, adubação, compostos orgânicos, sementeiras e técnicas de propagação vegetativa. Aprenderam também a confeccionar vasos e canteiros, utilizar ferramentas e equipamentos, técnicas de paisagismo e relações comerciais. A Secretaria do Meio Ambiente irá auxiliar esses trabalhadores na formação de uma cooperativa para aproveitar os jardineiros e mais 400 bolsistas na implantação do projeto nos outros trechos das margens do rio Pinheiros. Cada área deverá utilizar, em média, 40 funcionários. 'São Paulo Pomar/Pinheiros - Tietê: mais verde, mais vida' Para viabilizar de imediato o projeto, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) realizou o levantamento das interferências na margem esquerda do rio Pinheiros. Foram identificadas linhas de transmissão e distribuição de energia, galerias de águas pluviais, oleoduto, ferrovia, estradas de serviço, emissários e interceptores de esgotos sanitários, implantados ou projetados, além dos serviços de desassoreamento do canal. A Cestesb realizou estudos sobre o solo e demais condições ambientais. Foram efetuadas análises de fertilidade e avaliação de projetos anteriores, como o estudo ambiental feito pela Companhia para a Eletropaulo, em 1992 e 1993. Com base neste relatório, o trabalho paisagístico procurou espécies de plantas compatíveis com o estado atual do solo. Mais de 40 espécies foram selecionadas para o plantio, entre elas estão o Jerivá - planta nativa da região, símbolo do projeto e antigo nome do rio Pinheiros -, Ipê Amarelo, Ipê Rosa, Cipó de São João, Manacá Anão, Azaléia Branca, Guaimbê, Palmito e Lírio Amarelo. Irrigação A implantação do 'Projeto Pomar Pinheiros - Tietê: mais verde, mais vida' levantou a discussão sobre a qualidade das águas do rio Pinheiros, a sua despoluição e as possibilidades da reutilização de sua água. Para irrigar o plantio, uma pequena estação de foi instalada na sede do projeto para utilizar a água do rio Pinheiros na irrigação das plantas. O sistema de 'flotação' coloca coagulantes na água para reunir partículas de poluição orgânica. Em seguida, é injetado ar comprimido que a sujeira suba à superfície e possa ser sugada e separada. Outras importantes questões ambientais têm sido abordadas, como a erosão urbana, o desassoreamento dos rios, a disposição final do material dragado e a possibilidade de utilização de compostos orgânicos obtidos do tratamento de esgotos sanitários e resíduos domésticos na recuperação de áreas degradadas. A sede do projeto 'São Paulo Pomar/Pinheiros Tietê: mais verde, mais02/29/2000
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