Projetos que incentivam sustentabilidade recebem Prêmio Jovem Cientista



Em sua 25ª edição, o Prêmio Jovem Cientista elegeu o tema Cidades Sustentáveis para que estudantes e cientistas pudessem lançar mão de seu conhecimento científico e tecnológico para responder aos problemas sociais mais críticos e emergenciais do País. A cerimônia de premiação foi realizada nesta terça-feira (6), no Palácio do Planalto, com a presença da presidenta Dilma Rousseff.

Mais de 2,3 mil trabalhos foram encaminhados para análise, um recorde de inscrições, segundo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As pesquisas vencedoras abordaram o acesso ao saneamento básico, a integração entre geração de energias renováveis e mobilidade sustentável, e embalagens ecológicas para mudas de plantas.

Os prêmios variaram de R$ 30 a R$ 10 mil, para quem ficou em primeiro, segundo e terceiro lugar nas categorias graduado e estudantes de ensino superior. Além disso, os estudantes de ensino médio ganharam um computador e uma impressora. As escolas dos alunos do ensino médio e orientadores dos trabalhos também recebem prêmios.  

Antes de concluir o curso técnico em meio ambiente, na Escola Técnica Conselheiro Antônio Prado, em Campinas (SP), Ana Gabriela Person, 19 anos, criou embalagens ecológicas para plantas com resíduos de biomassa. O projeto lhe rendeu o primeiro lugar na categoria Estudante do Ensino Médio do 25º Prêmio Jovem Cientista. As embalagens criadas por Ana Gabriela, feitas com as cascas da jaca ou da cana-de-açúcar, decompõem mais rápido que o plástico que atualmente envolvem as mudas. 

“Além de se decompor facilmente, a biomassa serve com meio nutritivo para a planta e evita que as raízes fiquem enoveladas, emaranhadas”, disse Ana Gabriela. 

Já o estudante Kaiodê Leonardo Biague, aluno de Arquitetura do Centro Metodista Izabela Hendrix, em Belo Horizonte (MG), procurou aproveitar a estrutura dos Bus Rapid Transit (BRT), que estão sendo implantados nas cidades-sede da Copa do Mundo 2014, para gerar energia limpa e renovável. Placas instaladas nas áreas de cobertura dos BRTs são capazes de gerar energia a partir da radiação solar. Com a ideia, Kaiodê ganhou o primeiro lugar na categoria Estudante do Ensino Superior. 

“Praticamente dois terços da energia produzida se perde nos processos de transmissão e distribuição. Ao descentralizar a produção, podemos reduzir o desperdício”, explicou o futuro arquiteto. 

Vencedora da categoria Graduado, Uende Gomes, 29 anos, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisou três áreas de vilas e favelas de Minas Gerais que detêm deficiências em saneamento básico. Ela identificou problemas que devem ser solucionados para garantir a ampliação dos serviços nessas regiões. “O que me motivou a fazer essa pesquisa foi já ter convivido com falta de saneamento básico”, contou durante a cerimônia de premiação. 

No estudo, ela constatou que a exclusão social contribui para dificultar o acesso ao saneamento. Entre os fatores apontados está, por exemplo, o elevado custo da tarifa cobrada pelo serviço, o que leva os usuários a buscarem fontes de água inseguras e disposição inadequada do esgoto. 

Uma escola de ensino médio do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal de Minas Gerais também foram premiadas por terem o maior número de trabalhos com mérito científico inscritos. Ainda foram oferecidas bolsas de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para os premiados que atendam aos critérios estabelecidos pela instituição. 

Desde 1981, quando foi criado, o prêmio contabilizou 17 mil projetos inscritos. 

Fonte:

Agência Brasil
Blog do Planalto



07/12/2011 14:47


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