Proposta orçamentária será entregue sexta-feira à Assembléia



Proposta orçamentária será entregue sexta-feira à Assembléia O Conselho Estadual do Orçamento Participativo (OP-RS) discutiu e aprovou, no final de semana, a proposta do Orçamento Estadual para o ano de 2002, que deverá ser entregue, na próxima sexta-feira, pelo governador Olívio Dutra, à Assembléia Legislativa. Os conselheiros das 22 regiões apreciaram propostas de emendas, moções e recursos resultantes das plenárias regionais de delegados. "O amplo debate revelou o aprofundamento da apropriação pelos cidadãos, do mecanismo do planejamento participativo, não só do orçamento, mas também das políticas públicas, avalia Ubiratã de Souza, coordenador do Gabinete de Orçamento e Finanças (GOF). Educação, Saúde e Transportes são as áreas prioritárias decididas no OP-RS para receber investimentos em obras e serviços; e na temática de desenvolvimento, os programas de Educação, Agricultura e Geração de Trabalho e Renda são os mais contemplados com recursos. Segundo Souza o orçamento para 2001, para o exercício 2002, é superior em 15% ao anterior, chegando à quase R$ 11 bilhões. Deste total, de acordo com o coordenador do GOF, cerca de R$ 1 bilhão é colocado à disposição para investimentos demandados pelas comunidades nas discussões do OP. A coordenadora do Gabinete de Relações Comunitárias (GRC), Íria Charão, revelou que no terceiro ano de OP-RS, o público envolvido nos debates cresceu 100%, chegando 378 mil pessoas. Para ela, uma das questões mais importantes no processo foi a sensibilidade de algumas comunidades que criaram um clima de solidariedade na disputa por demandas, "já que os recursos são limitados", avaliou. Governo pede devolução de recursos à União O Conselho também aprovou diversas moções. Entre elas, a que pede a manutenção da Universidade Estadual (Uergs) vinculada a Secretaria da Educação e não à Ciência e Tecnologia. Também a que defende a redução do patamar de comprometimento da dívida do Estado com a União, dos atuais 13% para 5% a 7%, e a que reivindica a devolução de aproximadamente R$ 800 milhões devidos ao governo do Rio Grande do Sul pelo ministério dos Transportes, por investimentos feitos nas estradas gaúchas. A última moção aprovada foi a que presta apoio ao projeto do governo que tramita na Assembléia Legislativa sobre o plano de carreira dos funcionários de escolas. Os conselheiros ainda elegeram dois representantes para o Conselho do RS Rural. Para Berfran, rombo no Caixa Único é um escândalo O deputado estadual Berfran Rosado (PMDB) qualificou de "escândalo" o rombo de R$ 1,17 bilhão no Caixa Único do Estado. Presidente da Comissão de Fiscalização e Controle (CFC) da Assembléia Legislativa, criada em dezembro de 2000 para fiscalizar a execução orçamentária, Berfran enfatiza que a CFC exigirá a reposição dos recursos antes do final do governo Olívio Dutra. Diante de muitos dados sobre a situação financeira gaúcha, Berfran faz uma análise crítica do desempenho da administração do PT no Rio Grande do Sul, bem como da situação de seu próprio partido em níveis nacional e estadual. Também faz previsões para as próximas eleições, defendendo as candidaturas de Antônio Britto e Pedro Simon ao governo e à presidência da República, respectivamente. Jornal do Comércio - Qual sua análise sobre o déficit do caixa único? Berfran Rosado - Esse tema consiste em um grande escândalo. Quem poderia imaginar que o governo Olívio iria desviar de suas finalidades recursos de mais de R$ 1 bilhão? É um desvio de uma dimensão assustadora, talvez nunca vista. Sabemos de prefeitos que foram penalizados por muito menos do que isso. O governo Olívio trabalha na esteira desse pecado. JC - Como avalia as declarações dos governistas de que o rombo poderá ficar para a próxima administração? Berfran - O Caixa Único foi criado em 1991 para permitir que o governo administrasse da melhor maneira os recursos que estão disponíveis, mas com uma finalidade específica. Agora, há uma absoluta inadequação aos princípios de utilização do caixa único. A idéia inicial previa a melhor aplicação dos recursos e o maior rendimento para o Estado. A intenção não era gerar uma alternativa de financiamento, muito menos com a perspectiva do não pagamento. JC - Isso não foi feito nos governos anteriores? Berfran - Durante o governo Britto, o caixa único foi utilizado em alguns momentos, mas havia uma preocupação com a reposição dos recursos. Sempre que o dinheiro era usado, havia a previsão de aporte de valores. Mais de uma vez o governo anterior trabalhou com antecipações de receita por conta dos processos de privatização. O dinheiro era utilizado com relativa segurança, porque seria reposto com a concretização da receita obtida com a venda das empresas. JC - A venda do patrimônio público foi o caminho mais fácil? Berfran - Sempre existiu um déficit. Todos os cinco governos anteriores tinham déficit, mas a questão é como cada um o administrou. Durante o governo Jair, e antes até, o déficit foi administrado com novos financiamentos. Nos períodos de inflação muito alta, ela financiava os déficits. Isso aconteceu nas administrações Collares e Simon, que atrasavam os pagamentos e obtinham um saldo de caixa. Quando Britto assumiu, não havia mais inflação. Por isso, o instrumento adotado foi as privatizações. Não podíamos aumentar os impostos porque a população estava no limite de sua capacidade de pagamento. Por outro lado, havia uma grande demanda por obras e investimentos. O governo privatizou as empresas passíveis de venda. A CRT foi um enorme acerto, tanto do ponto de vista dos consumidores, quanto do próprio Estado. Isso possibilitou os investimentos em infra-estrutura e, no médio prazo, o acréscimo da arrecadação. Havia um projeto, uma maneira de enfrentar o déficit e atender a sociedade e suas demandas por educação e saúde. JC - Como avalia o governo Olívio nesse sentido? Berfran - O governo Olívio assumiu com as contas em dia. É uma questão que ficou absolutamente clara neste debate. Esta administração recebeu a dívida de longo prazo renegociada, com juros de 6% ao ano. É um condição muito especial. Não havia dívidas de curto prazo, já que o governo pagou tudo o que devia. Deixou R$ 130 milhões no caixa e ainda mais R$ 1,2 bilhão nas rubricas cobertas do caixa único. JC - O Executivo alega que herdou um rombo de mais de R$ 1 bilhão, em função das contas a pagar. Berfran - Eles podem dizer o que quiserem, mas não podemos acreditar. Se há um extrato e dados do balanço e do Tribunal de Contas que comprovam isso, não adianta afirmarem o contrário. O que apontam como rombo é o déficit herdado. Montaram a farsa de que o haviam administrado, mas este é o governo que buscou a forma mais inadequada, pouco criativa, burocrática e ilegal para enfrentar o problema. Foi meter a mão no caixa único para tirar o dinheiro de lá. É absolutamente irresponsável, porque sacou de um fundo com uma destinação específica sem nenhuma perspectiva de reposição. JC - O governo afirma que não há necessidade de reposição. Berfran - O presidente do Tribunal de Contas, Hélio Mileski, já alertou o governo sobre a necessidade de reposição. Nós já havíamos afirmado isso porque a Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como outras legislações que envolvem a probidade administrativa, é muito clara. Se o secretário da Fazenda, Arno Augustin, diz que vai fazer algum ajuste contábil, deve estar calcado na sua especialidade de maquiar dados, sonegar informações ou esconder a realidade tentando vender alguma versão falsa que desconheço. O governo não nega que meteu a mão no caixa único, então deverá fazer uma programação de reposição dos recursos. Isso é imprescindível. JC- Por quê? Berfran - Porque o caixa único não é um ente etéreo que não tenha interessados na outra ponta. Os recursos desviados saíram dos pequenos municípios e das comunidades mais carentes, que são as beneficiadas com o Programa Integrado de Melhorias Sociais (Pimes). O Pimes foi criado no governo Simon para financiar investimentos nas cidades, melhorando a qualidade de vida através de pavimentação, saneamento básico e intervenções de cunho social. O governo sacou R$ 115 milhões e, com isso, está impedindo que os municípios tenham acesso a essa fonte de recursos. Então, não vai devolver ao caixa único, mas às comunidades que esperam o dinheiro para investir na qualificação das zonas urbanas. Os desempregados e os empreendedores do Estado são os outros donos do dinheiro, porque estão aguardando que a Agência de Fomento possa operar com os R$ 184 milhões disponíveis para crédito mais barato. Também os R$ 245 milhões do salário-educação devem ser repostos para o ensino fundamental. É uma heresia dizer que a população não precisa desses recursos. JC - Além da criação da subcomissão do caixa único, que outras ações a oposição está empreendendo para forçar o governo a repor os recursos? Berfran - Todo dia há um fato novo. O deputado João Luiz Vargas encaminhou à Comissão informações demonstrando que o secretário Arno Augustin está autorizando pagamentos sem o empenho prévio. Isso é contrário a um variado número de leis, como a Lei Fiscal e a lei contra os Crimes em Finanças Públicas. Além disso, a falta de correção dos saldos orçamentários é mais uma atitude irregular que demonstra desespero e passa insegurança para a sociedade. A subcomissão do caixa único aprofundará o tema, porque terá tempo e disponibilidade para buscar dados junto ao governo. Abriremos a caixa preta da gestão pública, dando transparência aos números. Já a Comissão de Fiscalização fará uma investigação do nível de execução do orçamento de 2001. Os dados poderão ser encaminhados ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas ou embasarem uma ação popular. JC - Como avalia o projeto de administração do PT no Estado? Berfran - O PT não apresentou um projeto de governo. Estamos esperando até agora. Este governo prometeu que faria muito mais nas áreas de educação, saúde e segurança, garantindo que não aumentaria os impostos. Quando perguntado, dizia que economizaria em publicidade. Nem isso está fazendo. Eles têm discurso político e prática de preservação do poder, mas não têm capacidade de gestão pública e competência para responder os anseios da população. Estamos vendo a reedição das promessas do PT para o ano eleitoral que se avizinha. JC - No caso das dotações orçamentárias, as receitas estão sendo corrigidas? Berfran - As receitas estão sendo corrigidas. Cada vez que aumenta a gasolina, o governo arrecada mais devido aos 25% de imposto sobre o setor. Por conta do aumento da arrecadação, deve haver um processo de redistribuição dos recursos no orçamento. Por isso a correção dos saldos. A LDO definiu isso com clareza. O Tribunal de Justiça já cobrou a correção e espero que o Ministério Público corrija a ilegalidade. JC - Quais as diferenças entre o discurso dos deputados petistas, enquanto eram oposição, e agora que estão no governo? Berfran - Na maior parte das votações de plenário, é possível identificar com clareza as contradições. Na discussão do aumento de impostos, os mesmos que antes eram contrários, agora o defendem. No caso do funcionalismo, a bancada do PT sempre defendeu o aumento enquanto oposição. Hoje defendem o brutal arrocho salarial imposto pelo governo Olívio. No campo da transparência, o PT é especialista em falar, mas pratica a arte de ocultar. É um governo cheio de contradição. Tudo o que prometeram no processo eleitoral não estão cumprindo, até porque prometeram muito. JC - Quais seus planos para 2002? Berfran - Sou candidato à reeleição, sempre defendendo minhas posições. Acredito que é possível administrar o Estado respondendo as necessidades do cidadão, melhorando a qualidade dos serviços públicos, ampliando o nível de investimentos, atraindo mais empresas e gerando mais empregos. Acredito no Estado empreendedor. JC - Como analisa a situação do PMDB no País e no Estado? Berfran - O PMDB nacional não está bem e não atende nossas concepções de organização partidária. Apostamos na construção da candidatura do senador Pedro Simon à presidência, o que daria um rumo ao partido no Brasil. Se não viabilizar o nome do Simon, estará abdicando da última oportunidade de se recompor. No Estado, o fraco desempenho da administração do PT faz com que as pessoas tenham saudades do governo Britto. É natural que ele seja lembrado, mas não é hora de definirmos candidatura. Nenhum partido apresentou candidato. Por que teríamos que fazê-lo agora? Temos tempo e, na hora certa, teremos candidato. Britto seria, indiscutivelmente, o melhor nome para a disputa. JC - Quais as chances de Simon na disputa pela presidência? Berfran - O PMDB é um partido estruturado em praticamente todos os municípios do País. Tem maior número de deputados estaduais, grande número de federais e o maior número de senadores. O partido tem condições de levar a candidatura de Simon a todo o País. É uma questão de tomada de decisão. Hoje, o PMDB vive uma posição dúbia. Não sai do governo, então não tem como assumir uma candidatura do Simon, que é contra o governo. Nesta crise de identidade, entre ser oposicionista ou governista, o apego aos cargos acaba pesando mais. Michel Temer é o novo presidente do PMDB Partido não sai tão dividido e ala governista sai fortalecida O deputado Michel Temer (SP) é, a partir de ontem, o novo presidente do PMDB. O candidato ligado ao governo venceu do oposicionista Maguito Vilela (GO) por 411 votos a 244. A vitória, de 63%, é menor do que o esperado pelo grupo de Temer, que contava com pelo menos 70% dos votos. Eram esperados 704 votos, mas apenas 686 foram computados. A diferença de 18 votos se deveu à ausência de nove convencionais, que tinham direito a mais de um voto cada. Ao contrário do que se dizia durante todo o período de campanha, as avaliações agora são de que o PMDB não sairá tão dividido das eleições. O ministro da Integração Regional, Ramez Tebet, ligado ao candidato Michel Temer, é um dos que acreditam numa união peemedebista: "o próprio Itamar (Itamar Franco, governador de Minas) falou que não sai". O deputado Saraiva Felipe (MG), ligado a Maguito e companheiro de Itamar, garantiu que o governador mineiro não sai derrotado e justifica a avaliação lembrando o fato de que a convenção oficializou a realização de prévias, marcadas para o dia 20 de janeiro Aprovadas moções que podem atingir Jáder A convenção nacional do PMDB aprovou duas moções que poderão atingir o presidente licenciado do senado, Jáder Barbalho (PMDB-PA), e o ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF), cassado em 28 de junho do ano passado. A primeira moção pede o afastamento do partido de que qualquer pessoa que estiver sendo acusada de má versação e desvio de recursos públicos de instituições financeiras estaduais. Esta moção atingiria Jader porque ele é acusado de desviar recursos financeiros do Banpará, quando governador do Estado (1983-1986). A outra moção pede o afastamento de quem estiver sendo julgado por desvio de recursos públicos, como no caso de Luiz Estevão, acusado de participação no desvio de R$ 169 milhões da obra superfaturada do TRT de São Paulo. Eles só serão expulsos do partido se as duas moções forem aprovadas pela Executiva Nacional do PMDB. Mutirão busca punição para pedófilos na internet O Ministério Público, a Polícia Federal (PF) e a Associação de Empresas de Internet do RS (Internet Sul) estão trabalhando em conjunto para punir os pedófilos que usam a internet. Na página www.mp.rs.gov.br, internautas denunciaram 435 sites de pedófilos, sendo que 25% estão hospedados em páginas brasileiras. Somente em abril, foram 81 denúncias. Já estão fora do ar 47 dos 107 sites brasileiros, ou seja, 43%. De acordo com o artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, fotografar ou publicar cenas de sexo explícito ou pornográfica envolvendo crianças ou adolescentes implica pena de um a quatro anos de reclusão. De acordo com Rogério Meirelles, chefe da Informática da PF, oito casos estão sendo investigados no Estado desde 1999. Destes, três casos já foram apresentados à Justiça, sendo que um deles é de responsabilidade de um menor de idade. Mais um deve estar sendo divulgado durante este mês. Meirelles diz que os internautas menores de idade são os que mais praticam o crime. "A falta de informação dos pais, achando que o filho está seguro dentro de casa, o que é um agravante", alega. Às vezes as crianças repassam as fotos sem saber que isso é crime. As denúncias cresceram tanto que a PF/RS criou um núcleo para investigação deste tipo de delito: a Nunet. Os provedores desempenham um papel fundamental no combate à pedofilia. A Internet Sul, que agrega as principais empresas do Estado, como Terra e Via-RS, está tentando divulgar ao máximo o problema. No contrato com novos usuários, há uma explicação sobre a pedofilia, para prevenir o crime. Querendo escapar da polícia brasileira, os pedófilos começam a utilizar provedores no exterior para a hospedagem dos sites ilegais. Quando isso acontece, a PF trabalha junto com a Interpol. Segundo Meirelles, redes de pedófilos "cobram" 100 mil novas fotos de cada usuário. "A maioria das fotografias são repetidas e antigas. Mas ultimamente temos visto algumas novas", considera. A PF pretende fazer um banco de dados com as fotografias, para que os menores possam ser comparados com crianças desaparecidas. "Precisamos de uma lei nacional ou estadual que impeça que este tipo de aberração chegue aos olhos das crianças", afirma a deputada estadual Maria do Rosário (PT). A pena para os infratores é considerada pequena para a gravidade da ação. Assaltos a postos de gasolina aumentam 50% na Capital Nos primeiros sete meses deste ano houve 292 assaltos a postos de combustíveis de Porto Alegre. O número representa um aumento de 50% em relação ao mesmo período de 2000, quando ocorreram 146 ataques. Os números são de um levantamento divulgado pelo Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Rio Grande do Sul (Sulpetro) em 175 dos 259 postos filiados à entidade. Conforme a pesquisa, a média foi de 1,7 ataque por dia entre os meses de janeiro e julho de 2001. Cada estabelecimento sofreu o equivalente a três assaltos por ano. Os dados revelaram que os assaltantes se especializaram em cometer ações rápidas, sempre envolvendo veículos para fuga. Os ladrões sempre com revólveres, utilizam motos (47%), automóveis (27%) ou roubam a pé, com um veículo à espera adiante (24%). A maioria de furtos e assaltos ocorre à noite (54%). Em 18% dos casos, houve agressões aos funcionários dos postos. As medidas de segurança, como câmeras de vídeo, não assustam os bandidos. Cerca de 45% dos estabelecimentos que têm vigilância eletrônica já foram assaltados. A existência de lojas de conveniência também não intimida a ação dos delinqüentes, já que 51% dos postos que funcionam 24 horas foram atacados. O aposentado Dinarte Rizzon, proprietário de um posto de combustível na Avenida Carlos Barbosa, no bairro Azenha, na Capital, já foi assaltado seis vezes neste ano. Ele explica que os proprietários dos postos ficam impedidos de reforçar a segurança particular porque os vigias não podem portar nem disparar armas de fogo por causa dos produtos inflamáveis. O presidente em exercício do Sulpetro, Adão Oliveira, pede que o policiamento nas proximidades dos postos de gasolina seja intensificado. O secretário da Justiça e Segurança, José Paulo Bisol, determinou que a Brigada Militar organizasse um plano de ação para a segurança do setor. Ministro discute projetos de geração na região Sul Reunião em Florianópolis será com secretários de energia O presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia, ministro Pedro Parente, está sendo esperado hoje em Florianópolis para discutir a geração de energia no Sul do País, a construção de novas linhas de transmissão para a Região Sudeste e os investimentos para o setor. Além de encontrar-se com o governador Espiridião Amin (PPB), está prevista uma reunião com os secretários de energia de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul e com os presidentes da Eletrobrás e Eletrosul. Os empresários do setor carbonífero também pretendem se encontrar com Pedro Parente para discutir os projetos para a construção de termelétricas movidas a carvão e os incentivos para o setor. Atualmente, uma das questões mais polêmica no Estado é a situação da AES Uruguaiana, da AES Corporation, que distribui energia na região centro-oeste do Estado. Os dirigentes reclamam da variação cambial, além de problemas com a linha de transmissão para suportar os 600 megawatts (MW) pela térmica. A Rio Grande Energia (RGE) recebe a metade dos 110 mil MWh contratados mensalmente desde maio passado. Por estas razões, a empresa está enfrentando problemas financeiros que serão explicados hoje à imprensa pela direção da distribuidora. A conta em dólar de gás importado da Argentina, entre US$ 6 milhões e US$ 8 milhões por mês, não está sendo paga. A usina consome 2,8 milhões de m3 de gás por dia. Recentemente, o presidente da AES Corporation, Dennis Bakke, responsabilizou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pelas dificuldades do setor energético brasileiro. A empresa suspendeu US$ 2 bilhões de investimentos no Brasil, conforme ele, pela falta de cumprimento de contratos e regras claras por parte da Aneel. Entre estes investimentos está a Termosul, usina de gás prevista para ser construída em Montenegro. Piso regional beneficia 40% dos trabalhadores O salário mínimo regional beneficiou cerca de 40% dos trabalhadores do setor coureiro-calçadista, segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria dos Calçados de Novo Hamburgo. Dos 14 mil profissionais que atuam na indústria, em torno de 560 trabalhadores tiveram seus salários corrigidos. A categoria tem o salário mínimo de R$ 235,00 e a média geral é de R$ 330,00. O presidente do sindicato, Gilberto Koch, destaca que as exigências de aperfeiçoamento não são acompanhadas pelo aumento de salários. “O aumento nas vendas, principalmente das exportações que têm cotação em dólar, não são repassadas aos empregados”, contesta. Com a implantação do salário mínimo do Rio Grande do Sul no dia 15 de julho, diversas categorias com salários mais baixos tiveram aumento de 20% a 40%. O dissídio de agosto, que reajustou os salários em 11%, também contribuiu para isso. São diversos cargos na indústria. A média para serviços gerais é de R$ 1,07 por hora (R$ 235,00 ao mês), para a função de costureira é de R$ 1,52 (de R$ 334 ao mês) e os cargos de revisora e chanfradeira recebem cerca de R$ 1,40 por hora (R$ 308,00 ao mês). Por outro lado, as empresas enfrentam a redução de margens de lucro, competitividade e aumento dos custos de matéria-prima. Apesar disso, algumas indústrias estão conseguindo driblar os problemas e pagar melhores salários seus colaboradores. Para a encarregada do departamento de pessoal, Eliani Fischer, a fábrica de calçados Antonielli tem salários acima da média por ser uma empresa estruturada. Localizada em Novo Hamburgo, a empresa paga, em média R$ 275,00 para os responsáveis por serviços gerais, cargo inicial da indústria. “Temos que dar condições a nossos trabalhadores, pois a qualidade depende deles”. Enquanto muitas empresas cortam funcionários em épocas de crise, a Antonielli reduz outros custos, diz Eliani. “Cerca de 80% do pessoal está há mais de dois anos na empresa.” Mesmo com salários acima da média, o diretor da empresa Laufen, Gilson Rizzardi diz que ainda é pouco. “Se tivéssemos um mercado mais estável, com uma seqüência normal de produção, teríamos melhores condições.” A indústria paga R$ 1,62 a hora de costureira (R$ 356,40/mês) e R$ 1,49 para chanfradeira (R$ 327,80 mensais). A Laufen trabalha com a marca Gun’s, de moda skate, e conta com 45 funcionários, sendo que a maioria está há mais de dois anos na empresa. “Buscamos valorizar os funcionários para manter nossa qualidade.” São confeccionados uma média de 450 pares de calçados/dia. Colunistas Cenário Político - Carlos Bastos Dirceu e Stival cotados na disputa no PT As projeções para a disputa que se trava pelo comando nacional do PT, domingo próximo, indicam o favoritismo do deputado José Dirceu. Acontece que pelo número de concorrentes a eleição não será decidida no primeiro turno. E cresceu muito nos últimos dias a cotação do candidato da Democracia Socialista, o ex-prefeito de Porto Alegre, Raul Pont. Setores petistas tem como certo que ele vai para a disputa com José Dirceu no segundo turno. A ala partidária que se opõe à atual linha de moderação da direção nacional do PT está convergindo para apoiar Raul Pont, o que lhe dá possibilidade de chegar no segundo turno em condições de disputar de igual para igual com o atual presidente, José Dirceu. Ressalte-se que se trata de uma eleição direta, com a escolha dos dirigentes pela militância. Diversas Quanto à direção estadual também se entende que haverá segundo turno. E nesta semana decisiva tem-se como certo que a disputa ficará entre David Stival, da Articulação de Esquerda, e Paulo Ferreira, do PT Amplo e Democrático. Apesar do crescimento observado no candidato da Ação Democrática, Marcelino Pies, acredita-se que lhe faltará fôlego para emplacar o segundo turno. Mas já não há dúvida de seu desempenho, ocupando uma terceira posição. David Stival enfrenta alguns problemas em sua campanha por estar apoiando para a presidência nacional o prefeito de Belém do Pará, Edmilson Soares. Em compensação ele conta com o prestigiamento da Articulação de Esquerda, Democracia Socialista, Esquerda Democrática, do governador Olívio Dutra de seus assessores mais próximos, e da grande maioria dos integrantes do secretariado estadual. Já Paulo Ferreira que deve alcançar o segundo turno terá então ao seu lado não só o PT Amplo, como também o Movimento de Construção Socialista, da deputada Maria do Rosário, a tendência liderada pelo deputado federal Marcos Rolim, a Rede do prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, e outras tendências. Como se observa, deverá ocorrer uma disputa acirrada pelo comando do PT gaúcho, especialmente no segundo turno. No dia 16 é provável que Stival obtenha uma boa margem de diferença, mas no segundo turno as coisas podem se complicar. Quanto ao diretório metropolitano tem-se como candidato favorito o atual presidente Valdir Bohn Gass, da Democracia Socialista. Última Enquanto o PT se organiza para a disputa interna do dia 16, o partido de Luiz Inácio Lula da Silva sofre uma perda em Porto Alegre. O vereador mais votado da história do Legislativo da capital, José Fortunatti, deve anunciar hoje a sua saída da legenda. Após reunião com Brizola, no Rio de Janeiro, acompanhado do deputado Vieira da Cunha, o PDT deve ser a opção de Fortunatti. Fundador do PT, Fortunatti terá muita munição para fazer o seu desagravo em qualquer cargo que vier a disputar pela legenda trabalhista. Começo de Conversa - Fernando Albrecht O dia dos namorados I Sabem a famosa frase "pessoa errada, momento errado no local errado"? Pois uma executiva da área gráfica porto-alegrense e seu namorado sentiram isso na pele. O casal foi a uma pousada no interior de São Francisco de Paula, e como estava muito bom, prolongaram a estada por mais um dia. Terminado o idílio vieram de volta por uma estrada vicinal. Pouco adiante depararam-se com um caminhão carregado com toras de madeira, atolado na estrada e impedindo a passagem. A gasolina no tanque era pouca e não havia posto na retaguarda do caminho. O dia dos namorados II Como o motorista do caminhão não se mexia, a executiva resolveu mandar um popular pedir uma patrola da prefeitura para desatolar o caminhão. Quando ela veio, o patroleiro descobriu que a madeira provinha de extração ilegal. Chamou os fiscais do Ibama, que atuaram o motorista do caminhão e ainda deram voz de prisão para os namorados, achando que eram cúmplices do crime florestal. Resultado: tiveram que dar um balaio de explicações e chegaram em Porto Alegre de noitinha ruminando o terrível "o que é que eu vou dizer em casa?" Problemas da cidade Leitor endossa as críticas sobre o mau estado das calçadas e ruas sob responsabilidade pública. Os calçamentos e cordões do meio-fio estão em estado lamentável, mesmo daquelas ruas onde a pavimentação foi refeita, garante. Caso da rua Riachuelo, totalmente repavimentada após a troca da adutora do DMAE, e que já apresenta problemas. No viaduto Otávio Rocha, cujo pavimento na Duque levou uma eternidade para ficar pronto, já mostra costeletas. Sem pára-choque No ano passado foi apresentado em um evento supermercadista um carrinho de compras com uma proteção colocada na frente, abaixo da cesta de mercadorias, destinada a proteger os calcanhares das pessoas. Em alguns supermercados não se observa esta proteção nos carrinhos. E a gente sabe como dói quando alguém esbarra na traseira. Estacionamento universal A Igreja Universal já decidiu o que fazer com a área que comprou na rua Garibaldi imediações da Rodoviária, em frente ao Hotel Conceição II, área que foi de entidade ligada a representantes comerciais. Em vez de um templo como previsto quando da aquisição, vai ser um estacionamento. Para alívio da hotelaria das imediações. Sem parquímetros Quem precisa estacionar na Praça da Matriz e adjacências estranha que até hoje a área não tenha parquímetros. Não por nada, mas quando a EPTC anunciou estes equipamentos em Porto Alegre aduziu que o primeiro lugar em que seriam instalados seria na Praça da Matriz. Passaram-se os tempos e nada, embora os parquímetros já estejam em toda a cidade. Aí fica assim: quem trabalha no Piratini fica livre dos flanelinhas e o resto....bem, o resto é o resto. Perdas pedetistas É brutal a perda de trabalhistas históricos sofrido pelo PDT em poucas semanas. Foi-se Dilamar Machado, em seguida faleceu Amaury Müller e agora chegou a vez de Romildo Bolzan. Amauri bem que merecia uma cobertura maior por parte da imprensa. Na segunda metade dos anos 70 ele e o seu colega, o deputado federal Nadyr Rossetti (PMDB) foram cassados porque arrostaram os militares em um discurso em festa no Interior. Pode parecer pouco hoje, mas na época foi uma façanha. Os Isaacs Depois que ficou sabendo que alguns vereadores foram homenageados pela população dando nomes de ruas, becos e vielas a pessoas vivas, o vereador Isaac Ainhorn (PDT) ficou ligeiramente chateado. Afinal, ele também anda na boca do povo. Por isso que fez uma busca no seu bairro, o Bom Fim, para descobrir se não haveria uma com seu nome. Existe uma ruela disponível perto da Ramiro Barcellos, mas parece que alguém quer colocar nela o codinome de Isaac Sell. Indignação dos multados Depois de ter lançado a sua campanha do Pardal Faturador, o presidente da colenda, vereador Fernando Záchia (PMDB) pretende fazer novas ações. Ele concorda com a página com a injustiça dos recursos indeferidos pela Jari - seriam mais de 200 mil "julgados" em pouco mais de três meses - para recorrer precisa pagar e não bufar, mas tem gente achando melhor bufar. Záchia pretende fundar uma espécie de associação de prejudicados pelos pardais. Há casos estranhíssimos de multas, gente que estava fora de Porto Alegre, modelos de carros que não coincidem e assim por diante. E a consciência deve estar doendo, porque desde o início das reclamações acolhidas nesta página a EPTC ou a Jari não deram nenhum tipo de explicação. Não tugem nem mugem. Miúdas Este colunista estará sempre às terças e sextas às 23h30min no programa Bibo no 20, no canal 20 da Net. O Jardim Botânico de Porto Alegre comemora hoje seu 43º aniversário. Dilmar Messias ganha merecidamente o Prêmio Qorpo Santo da Câmara, projeto da vereadora Sofia Cavedon (PT). Copagra lança amanhã às 11h sua nova loja na Zona Sul, na Wenceslau Escobar esquina Copacabana. Sul-coreana LG Electronics apresenta quarta às 20h, no Teatro do Sesi, o Projeto Cidade LG. Abih/RS comprou sua sede própria em Porto Alegre, na rua Chaves Barcellos, 27, cj. 801. Hospital São Rafael (Novo Hamburgo) inaugura quarta o serviço de diagnóstico da Neurológika Sirotsky Gershenson & Castro Consultores Associados é novo nome da Marpa & Castro. Sinpasul homenageia hoje na reunião-almoço às 12h na Fiergs a Klabin Riocell e a Santa Therezinha. Conexão Brasília - Adão Oliveira O PMDB minguou Em meio a uma convenção conturbada, tendo como pano de fundo as eleições presidenciais de 2002, 520 convencionais do Partido do Movimento Democrático Brasileiro elegeram, ontem, no ginásio de esportes do Colégio Marista, aqui em Brasília, o deputado federal paulista Michel Temer como seu novo cacique. Temer é o oitavo presidente nos 34 anos de existência do PMDB. Ele substitui a Maguito Vilela, que vinha exercendo a função, em razão da licença do presidente Jáder Barbalho, que se licenciou da presidência do partido, envolvido em denúncias de corrupção. Apesar da convenção de ontem ter mostrado um PMDB oxigenado, o que se vê, na prática, é um partido que diminuiu a cada ano, fruto do personalismo de seus líderes. Em 1986, o PMDB elegeu 302 deputados e 26 dos 27 governadores. Uma potência eleitoral. Hoje, 15 anos depois, o partido não tem mais àquela importância. Para o senador Pedro Simon, "o PMDB está no seu limite e, se diminuir corre o risco de ser escanteado do centro do poder do País". Seus chefes políticos não têm o carisma de um Ulysses Guimarães. Hoje, sua cúpula vive a reboque de Jáder Barbalho, Geddel Vieira, Eliseu Padilha e Michel Temer. Os líderes de ontem eram cidadãos acima de qualquer suspeita. Tancredo Neves, Teotônio Vilella, Franco Montoro e Fernando Henrique Cardoso integraram o partido nos momentos mais difíceis da Nação. Alguns dos "donos do partido de hoje" vivem enrolados com denúncias de corrupção. Lamentáveç para a história política do PMDB que por muito tempo conduziu a residência democrática no País. Mas, mesmo assim, há quem pense em recuperar o PMDB. Michel Temer, tão logo sagrou-se presidente do diretório nacional, já propôs a união numa postura de maior independência em relação ao governo. E mais: "o partido vai ter um programa voltado para o desenvolvimento e para a inclusão social, o que orientará todos os seus candidatos daqui para a frente". O PMDB, segundo seu novo presidente, vai opor-se à privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e deverá pedir ainda que o Programa de Desestatização do governo seja revisto. Sob o comando de Temer, o PMDB vai exigir também a fidelidade partidária. Punirá àquele que desobedecer o estatuto do partido. Terá, com certeza, candidato próprio à presidência da República. E, se os partidos da base aliada do governo quiserem o PMDB na aliança, deverão saber que a cabeça de chapa já tem dono. Será do PMDB. Temer indica entre os prováveis candidatos para a sucessão de Fernando Henrique Cardoso os nomes de José Sarney, Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos e Itamar Franco. Eleitor de Michel Temer, o senador Pedro Simon pede mais ao novo presidente do partido. "Se o PMDB não sair do governo e nãp apresentar um projeto com cheiro de povo, não vai chegar lá". Editorial Aviação brasileira entra em parafuso financeiro Na véspera da entrada em operação do novo terminal do Aeroporto Salgado Filho, orgulho gaúcho, os balanços das empresas de aviação civil brasileiras mostram cenário desalentador. Os valores estão no vermelho e assustam, eis que os maus resultados somam-se a prejuízos que vêm sendo acumulados. No entanto, o panorama não surpreende os especialistas, que alertam para a saturação do mercado nacional, onde há cinco grandes empresas para transportar 35 milhões de passageiros por ano, enquanto nos Estados Unidos, maior mercado mundial, há quatro, para 350 milhões de usuários por ano. A concorrência predatória tem sido a tônica nos últimos anos, com tarifas abaixo dos custos na ânsia de amealhar o passageiro, política que leva, inexoravelmente, a débitos maiores do que as receitas. Até os anos 80, o processo nos céus do Brasil era diferente do atual, ocorria a fusão, aglutinação e o enxugamento natural das companhias, fortalecendo as que ficavam. Na última década, inverteu-se a situação, aumentou o número das empresas, com uma superoferta de assentos e, neste 2001, diminuíram os usuários e o valor cobrado nos bilhetes. Novas rotas externas foram concedidas aleatoriamente, com a contrapartida de que gigantes dos EUA e europeus também tivessem freqüências para o Brasil. Como os norte-americanos contabilizam na América Latina apenas 3% do seu faturamento, agüentam voar com aviões vazios, porém derrubam os concorrentes regionais. Piorando o quadro, nos últimos 12 meses o combustível de aviação subiu quase 90% e a defasagem cambial, desvalorização do real frente ao dólar, chegou a 28%, num ramo que trabalha com mais de 50% dos custos em dólares. Menores taxas cobradas pela Infraero nos principais aeroportos do País darão folga, além da criação da Agência Nacional da Aviação Civil, Anac, que substituirá ao Departamento de Aviação Civil, DAC. Mantendo normas rígidas quanto à segurança de vôo e homologação das empresas, a Anac, entretanto, ficará fora do mercado, deixando que ele se equilibre com as próprias regras. A aviação civil, no mundo inteiro, sofre com a queda da atividade econômica, e os balanços de empresas européias e norte-americanas estão assustando, igualmente. O Brasil é mais atingido porque os problemas se superpõem. Ora, este é um ramo de altos investimentos, constante inovação, novos produtos sendo lançados rapidamente, aeronaves caríssimas, levando 10 anos de uso para serem pagas, quando, então, estarão defasadas, iniciando-se todo um novo ciclo. O plano de vôo para tirar do parafuso financeiro as empresas de aviação civil passa, necessariamente, pela fusão entre as atuais cinco empresas, que devem ser, no máximo, três, ainda segundo os experts brasileiros e do exterior. Com 170 milhões de habitantes, o Brasil faz 40 milhões de viagens anuais. Nos EUA, com 250 milhões de habitantes, são 700 milhões de viagens. São, evidentemente, duas economias diferentes, uma com PIB de US$ 13 trilhões, outra, a nossa, de US$ 500 bilhões. Conquistar novos clientes, diminuir custos, evitar superposição de horários e rotas, trabalhar de maneira descentralizada, vender participação acionária de até 25% e pagar as dívidas, dedicando-se apenas a transportar cargas e passageiros, estas as soluções para a combalida aviação civil. O segundo semestre, tradicionalmente melhor, deve ditar os rumos da sobrevivência ou da quebradeira generalizada. Como o menor prejuízo é o primeiro, que os executivos tratem de acertar logo uma política racional e que mantenha no ar este segmento estratégico, importante num país de dimensões continentais como o nosso. Topo da página

09/10/2001


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