Publicação: Imprensa Oficial vai editar 120 títulos com universidades
Anúncio foi feito pelo presidente da empresa, Sérgio Kobayashi, em entrevista coletiva
A Imprensa Oficial do Estado elegeu a co-edição de 120 novos títulos com as mais importantes universidades públicas e comunitárias do Brasil como uma de suas principais metas editoriais deste ano, além da publicação para terceiros de 300 outras obras. O anúncio foi feito ontem, dia 6, pelo presidente da empresa, Sérgio Kobayashi, em entrevista coletiva em São Paulo. O número de parcerias previsto é mais do que o dobro das co-edições (52) do ano passado. Além disso, o número total de títulos impressos também aumentou. Em 2000, foram 375, o que equivale a uma média de 1,5 livro novo por dia. Entre as principais obras previstas para este ano está a publicação dos primeiros volumes de um total de 31 que vão compor toda a coleção do Correio Braziliense ou Armazém Literário, o primeiro jornal brasileiro, editado e publicado em Londres pelo jornalista Hipólito José da Costa entre 1808 e 1822. Os livros fazem parte da coleção particular do empresário e bibliófilo José Mindlin e serão publicados em parceria com o jornal Correio Braziliense, dos Diários Associados, que herdaram o título, e o Instituto Uniemp, da Unicamp, sob a coordenação editorial do jornalista Alberto Dines. O plano é publicar um volume por mês, incluindo um índice temático simultaneamente ao quarto ou quinto volume e um volume de comentários. O primeiro volume, que corresponde ao primeiro ano de circulação do jornal tem sua edição prevista para abril. Parcerias - No primeiro semestre, devem ser lançados os últimos quatro títulos da Coleção Uspiana, de 12 volumes, em parceria com a Editora da USP (Edusp), iniciada no ano passado para subsidiar o debate acerca dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Estão previstas também parcerias com a Funarte, cujo primeiro ‘filhote’ será Camargo Guarnieri - O Tempo e a Música, cujo lançamento está previsto para março; Rumos Visuais - Mapeamento Cultural da Produção Emergente, com o Instituto Itaú Cultural e a Unesp; São Paulo em Papel e Tinta, com a Editora da PUC/SP e o Arquivo do Estado; Inventário Deops, Vol. 3, Japoneses, também com o Arquivo do Estado; Fukushima, com a Sociedade de Cultura Japonesa; com o Instituto Lina Bo e P.M. Bardi na publicação de Lasar Segall; com a Editora Humanitas, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP; com a Edusc (da Universidade Sagrado Coração de Jesus, de Bauru); com a Unicamp, Unesp, UnB, com a Editora do Senac e outras instituições preocupadas com obras de interesse histórico e cultural que, em geral, não atraem o interesse de editoras particulares porque não têm grande apelo comercial. A política de parcerias com as universidades iniciou-se com a Edusp. A qualidade gráfica, editorial, a capacidade de produção, preços e prazos obtidos produziu resultados tão expressivos, que, aos poucos, outras editoras também se tornaram parceiras na publicação de seus títulos. Hoje, a Imprensa Oficial é uma grande editora de livros universitários, associada às principais instituições de ensino superior do país. Diretriz política - O incremento do setor editorial obedeceu a uma diretriz política do governador Mário Covas, que no começo de sua gestão, em 95, determinou ao presidente da Imprensa Oficial, Sérgio Kobayashi, total reformulação dos métodos e objetivos da empresa. Nesse sentido, a Imprensa Oficial do Estado deixou de ser tão-somente a empresa que publicava o Diário Oficial , que hoje é apenas um de seus produtos. Nos últimos seis anos, todas as energias foram dirigidas para acelerar o processo de modernização da empresa e torná-la eficiente e competitiva. Nesse período, a Imprensa Oficial vem passando por uma considerável mudança administrativa e tecnológica. O quadro de pessoal foi reduzido de 1.400 para 1.000 parceiros e o grupo remanescente, diante dos novos desafios, foi treinado para responder com eficiência ao novo planejamento estratégico. Desde então, a Imprensa Oficial passou a ser gerida de acordo com métodos de administração adotados em corporações multinacionais. Aliado a isso, investiu-se em equipamentos gráficos e de tecnologia, que equiparam a Imprensa Oficial às mais destacadas indústrias gráficas da América Latina. Feiras de livros - Ainda, entre os planos da empresa para este ano, está a participação em feiras nacionais e internacionais de livros. Dessa forma, a Imprensa Oficial, a exemplo do que aconteceu na última Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no ano passado, vai coordenar um estande de 800 metros quadrados na Bienal de Livros do Rio, de 17 a 27 de maio próximo. O espaço vai abrigar cerca de meia centena de editoras universitárias de todo o País, parceiras da empresa e ligadas à Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu). Vai participar também do tradicional Salão de Paris, em março, junto com a Câmara Brasileira do Livro (CBL), onde vai lançar A Plumária Indígena Brasileira, da Coleção Uspiana, publicação já conhecida dos leitores nacionais desde o final do ano passado; e, possivelmente, Os Pincéis de Deus, em francês, do jornalista Oscar D’Ambrosio, sobre a vida e obra do pintor naïf Waldomiro de Deus. A empresa também deve participar da feira de livros de Guadalajara, no México, no final de novembro; e de outra, no interior de São Paulo, provavelmente, em Ribeirão Preto, em agosto. Fora isso, pretende fazer o lançamento do Correio Braziliense em Portugal, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro e ampliar a programação da Livraria Móvel, um veículo adaptado com prateleiras para expos02/07/2001
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