Imprensa Oficial assina contrato para a publicação do Correio Braziliense
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A Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, o jornal Correio Braziliense e o Instituto Uniemp/Unicamp assinaram hoje (7/2), em Brasília, um contrato no valor de R$ 1,5 milhão para a edição fac-similar de toda a coleção do Correio Braziliense ou Armazem Literário – o primeiro jornal brasileiro, editado em Londres pelo jornalista Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, entre 1808 e 1822. A publicação da coleção do Correio Braziliense faz parte do projeto editorial da Imprensa Oficial para 2001, anunciado ontem em São Paulo. A meta da empresa é editar 420 títulos, sendo 120 em parceria com as principais editoras universitárias do País, além de participar de diversas feiras de livro, entre elas, o Salão de Paris, a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, a Feira de Guadalajara, e de feiras em várias cidades do Estado de São Paulo, junto com a Câmara Brasileira do Livro (CBL). O contrato foi assinado pelos jornalistas Sérgio Kobayashi, presidente da Imprensa Oficial, Paulo Cabral, diretor-executivo do grupo Diários Associados, herdeiro do título, e Alberto Dines, do Instituto Uniemp/Unicamp, coordenador da publicação. A raríssima coleção do jornal de Hipólito da Costa pertence ao empresário José Mindlin, que cedeu os originais para reprodução. A coleção inteira terá 31 volumes, sendo 29 do jornal, além de outros dois – um índice temático, cuja publicação deve ser simultânea ao quarto ou quinto tomo e um volume, o de número 31, com ensaios e comentários sobre a vida e obra de Hipólito da Costa, que, mesmo exilado em Londres, conseguiu não apenas editar o jornal como fazê-lo circular clandestinamente aqui no Brasil, onde a imprensa independente era proibida. A Coroa Portuguesa detinha o monopólio da imprensa. O acordo assinado ontem prevê a publicação dos 31 volumes em dois anos e meio, no ritmo de um volume por mês, a partir do próximo abril. A tiragem de cada edição será de 3.500 exemplares, que serão distribuídos entre bibliotecas públicas, instituições de ensino e escolas de jornalismo. Apenas uma parcela dos exemplares será vendida em livrarias ou sob a forma de assinaturas. Os livros serão confeccionados em papel pólen rustic, de 85 mg/cm2 e deverão consumir cerca de 6 toneladas de papel por volume. Graças ao contrato celebrado ontem, o Correio Braziliense não mais permanecerá restrito a uns poucos pesquisadores com acesso a coleções particulares, deixando de ser “peça de citação histórica”, segundo Kobayashi, para tornar-se acessível a um universo muito mais amplo de leitores. A democratização e o acesso a bens culturais dessa natureza é parte fundamental das preocupações da Imprensa Oficial de São Paulo, que desde 95, junto com editoras universitárias, vem publicando livros de grande importância, mas de pou02/07/2001
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