Quintanilha lamenta a falta de médicos especialistas na saúde do idoso
A falta de geriatras torna-se mais grave, na opinião do parlamentar, diante de projeções apontando que a perspectiva de vida média subirá para 80 anos, já na próxima década. Conforme relatório de pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) citado pelo senador, dentro de 20 anos o Brasil abrigará a quinta população de idosos no mundo.
Segundo Quintanilha, para atender aos mais de 14 milhões de idosos há somente 550 geriatras no Brasil, o que representa um médico geriatra para cada 25,5 idosos.
- Se não melhorar o atendimento especializado, a maioria dos idosos não conseguirá obter uma boa qualidade de vida, o que vai impedir o exercício pleno de sua cidadania. Sem ela, eles continuarão a ser tratados como "problemas" e, dependendo de sua situação perante a família, correrão sério risco de serem abandonados ou levados para asilos - observou o senador.
Uma das soluções para a falta de geriatras, na opinião de Quintanilha, seria cobrar dos responsáveis pela educação superior, o cumprimento da lei 8.842, de 4 de janeiro de 1994, que obriga o Ministério da Educação a incluir a Gerontologia Social e a Geriatria como disciplinas curriculares nos cursos superiores. "Precisamos corrigir essa falha e modificar essa situação com urgência, exigindo dos reitores que expliquem o motivo pelo qual ainda não foi colocada como prioridade urgente a criação desses cursos", defendeu o parlamentar.
19/04/2001
Agência Senado
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