Problemas da saúde não se resumem à falta de médicos, alerta Mozarildo
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), relator-revisor da Medida Provisória (MP) 621/13, que cria o programa Mais Médicos do governo federal, acredita num amplo entendimento para a votação da matéria na próxima terça-feira (1º).
Em pronunciamento no Plenário, o parlamentar advertiu que o problema da saúde pública brasileira não se resume à carência de profissionais, mas abrange falta de infraestrutura e de recursos técnicos. Por isso, na opinião dele, a MP não pode tratar apenas de questões emergenciais e deve incluir questões permanentes em relação à saúde.
O senador informou já ter apresentado sugestões, que foram acatadas pelo relator. Entre elas, a maior exigência para autorização, reconhecimento e renovação de cursos superiores de medicina.
– Duplicar as vagas em universidades, por exemplo, implica mais professores, mais recursos, mais laboratórios. Vamos ter mais médicos menos capazes? – indagou.
Mozarildo negou sentimento de xenofobia em relação aos profissionais estrangeiros e defendeu a melhor formação dos que estudam e trabalham no Brasil.
– Vamos aceitar a situação de emergência, mas vamos trabalhar na formação dos médicos brasileiros. Não tenho xenofobia. Pelo contrário, a interiorização da medicina em Roraima se deu por convênio do governo do estado e o de Cuba. O curso de medicina de Roraima também começou com professores cubanos – disse.
Em aparte, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse não ver problema no trabalho de médicos de outros países, desde que os profissionais brasileiros tenham preferência.
26/09/2013
Agência Senado
Artigos Relacionados
Secretários estaduais apontam falta de médicos e de recursos como maiores problemas da saúde
Mozarildo reivindica solução definitiva para falta de médicos no interior
Mozarildo: SUS sofre com desvio de recursos, falta de médicos e envelhecimento da população
Mozarildo quer ampliar debate sobre falta de médicos no interior
Mozarildo alerta para falta de segurança na Amazônia
Quintanilha lamenta a falta de médicos especialistas na saúde do idoso