Raimundo Colombo defende fim da CPMF e pede proposta de reforma tributária



O senador Raimundo Colombo (DEM-SC) defendeu nesta segunda-feira (10) o voto contrário à proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira ( CPMF) até 2011. Ele descartou a hipótese de aprovar a prorrogação da vigência do imposto para depois o governo encaminhar ao Congresso uma proposta de reforma tributária.

- Votar antes, aprovar para depois o governo, num gesto de boa vontade, vir aqui fazer isso? Ninguém acredita mais nesse governo - afirmou o senador.

Raimundo Colombo lembrou que, desde o governo de José Sarney, todos os presidentes manifestaram a vontade de fazer a reforma tributária, mas nenhum conseguiu.

- Por que ela não acontece? Quem não deixa? - indagou.

O senador afirmou que o governo gasta sem controle e desnecessariamente. Deu como exemplos desses gastos a criação da TV Pública e da Secretaria de Assuntos de Longo Prazo. Para ele, é preciso tirar a receita da CPMF e obrigar o governo a vir ao Congresso mostrar sua posição.

Raimundo Colombo disse que a postura de membros do governo de chamar de irresponsáveis ou sonegadores os que são contra a CPMF é "um jogo político nojento que empobrece a política brasileira". Lembrou que os integrantes do governo, há dez anos, eram contra a cobrança da contribuição. Citando o percentual de imposto embutido em alguns produtos, criticou o fato de o país ter a carga tributária mais alta do mundo e devolver à sociedade serviços precários. Disse que a saúde, embora receba um terço da CPMF, não teve melhora durante a cobrança da contribuição.



10/12/2007

Agência Senado


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