RAMEZ TEBET DEFENDE MUTUÁRIOS DA ENCOL
O senador Ramez Tebet (PMDB-MS) afirmou hoje (dia 15) que o governo, além de preocupar-se com as questões sociais causadas pela crise da Encol, tem obrigação de buscar soluções que atendam aos interesses dos mutuários da construtora. A razão, conforme ponderou, é que bancos oficiais, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, são os principais credores da empresa.
- O governo federal já sabia há muito tempo da situação da Encol. Como permitiu, sem tomar nenhuma providência, que a empresa se endividasse tanto? - questionou.
Tebet manifestou esperança de que o ministro da Fazenda, Pedro Malan, atendendo às recomendações do presidente Fernando Henrique Cardoso,encontre meios para reverter a situação. Nesse sentido, ressaltou a importância do apoio dos senadores, "dos representantes da federação", para que a solução seja logo encontrada.
Ramez Tebet é de opinião que as gestões políticas não devem ter o objetivo de resolver as dificuldades da Encol. "A grande preocupação é com a intranqüilidade que atinge um universo de 42 mil compradores de imóveis da Encol, sem nos esquecermos dos 12 mil funcionários da empresa estão sem receber salários há quatro meses", garantiu.
Considerando que cada mutuário e cada funcionário responde por um grupo familiar, o senador ressaltou que, "no final das contas", são mais de 200 mil pessoas atingidas. "Esse drama social precisa ser resolvido", disse Ramez Tebet.
- A casa própria é um dos maiores sonhos do brasileiro. É fácil, portanto, imaginar o drama dessas pessoas que, além de suas economias, abriram mão de suas poupanças, fizeram sacrifícios pessoais e depositaram todaa sua esperança na aquisição da moradia e, de uma hora para a outra, ficaram a ver navios, sem dinheiro e sem teto - argumentou.
15/08/1997
Agência Senado
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