Rede Brasil Rural será lançada no Nordeste



Por abrigar o maior número de agricultores familiares do País – 665 mil estabelecimentos -  a Bahia foi o estado escolhido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário para lançar a Rede Brasil Rural, na região Nordeste, no próximo dia 7. A ferramenta virtual, criada pelo MDA, pretende fortalecer a agricultura familiar aproximando produtores, indústrias, agentes de logística e setor público. 

Como parte do lançamento, dirigentes e representantes de cooperativas de agricultores da Bahia vão participar de um curso de capacitação, ministrado nos dias 6 e 7, para aprender a operar suas compras e vendas por meio da Rede Brasil Rural.

Também será feito o cadastramento das cooperativas e associações de agricultores familiares da Bahia e de outras regiões do Nordeste na RBR. Estão ainda programadas oficinas em mais dez estados - Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Ceará, Pernambuco, Pará e Espírito Santo - escolhidos por apresentarem maior número de Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP). 

Criada pela Secretaria de Agricultura Familiar, a declaração é utilizada como instrumento de identificação do agricultor familiar para acessar políticas públicas, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Para obtê-la, o agricultor familiar deve dirigir-se a um órgão ou entidade credenciado pelo ministério, munido de CPF e de dados acerca de seu estabelecimento de produção (área, número de pessoas residentes, composição da força de trabalho e da renda, endereço completo). 

Por meio do portal da Rede Brasil Rural, lançado em Porto Alegre (RS), no final do ano passado, os agricultores familiares de todo o País, representados por suas associações e cooperativas, negociam diretamente com fornecedores e empresas de transporte a compra e a entrega de insumos necessários para qualificar ainda mais a sua produção. A pesquisa eficiente e as compras coletivas garantem melhor preço de insumos e matérias-primas, além de permitir à agricultura familiar reduzir os custos dos produtos, de transporte e de estocagem.

 

Semiárido

A produção da agricultura familiar na Bahia é bastante diversificada. Segundo informa o delegado federal titular da Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário na Bahia (DFDA-BA/MDA), Welliton Rezende Hassegawa, no Semiárido — onde se encontra mais da metade dos municípios baianos — destacam-se os empreendimentos da agroindústria familiar que beneficiam produtos como o mel, leite (em especial o beneficiamento para a produção do leite em pó), doces derivados de frutas nativas (em particular frutas da caatinga como umbu, goiaba, maracujá do mato, caju), castanha de caju, derivados da mandioca (desde a fécula ou goma, até produtos como beiju e biscoitos), derivados da cana-de-açúcar (em especial a cachaça e rapadura).

“Também são encontradas cooperativas que beneficiam o cacau (chocolate, chocolate em pó, doces), carne de cabrito e cordeiro, artesanato de fibras naturais como o sisal, palhas de bananeiras, cipó e outras matérias-primas”, acrescenta Welliton.

Ao todo, estima-se que existam mais de 200 cooperativas de produção na Bahia, inclusive contemplando as cooperativas organizadas exclusivamente por mulheres.

 

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Agrário



01/02/2012 10:55


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