Reforma política do Executivo é 'questão vencida', diz Ruben Figueiró



Em pronunciamento nesta segunda-feira (8), o senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) disse que a proposta de reforma política sugerida pela presidente Dilma Rousseff, a ser iniciada por plebiscito, é uma “questão vencida”, por não estar adequada aos seus propósitos e por invadir competência exclusiva do Legislativo.

Figueiró disse que a proposta de reforma sugerida por Dilma é “diversionista”, ao desviar a atenção dos problemas vitais que o governo não consegue resolver, e “maquiavélica”, ao tentar passar à sociedade a impressão de que o Legislativo é incompetente para fazer uma reforma política.

Figueiró lembrou que há dois anos o Senado elaborou uma proposta de reforma política que “dormita” na Câmara dos Deputados. Ele avaliou que aquela Casa deve estar atenta ao “fogo da pressão da ruas” e pôr em votação as proposições como forma de aprimorar os parâmetros da legislação em vigor.

O senador apontou a viabilidade do financiamento público de campanha eleitoral, desde que os recursos sejam distribuídos a todos os candidatos, e não apenas aos partidos majoritários. Ele também defendeu o voto aberto, por representar, a seu ver, a vontade do eleitor, “a quem devemos nos curvar”.

Figueiró, no entanto, disse que não concorda com o atual princípio das coligações partidárias, porque nas alianças prevaleceriam interesses menores. Hoje, afirmou, as coligações constituem um verdadeiro “bazar persa, onde se compra e vende até oportunidades escusas”.

Espionagem

Figueiró também manifestou repulsa à denúncia de que os Estados Unidos teriam monitorado comunicações eletrônicas e telefônicas em território brasileiro.

- Isso interfere na nossa soberania, por mais justificadas que sejam as razões apresentadas pelo governo norte-americano. Isso muito fere as relações de amizade que existiam e existem entre os nossos dois povos – afirmou.



08/07/2013

Agência Senado


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