Relator diz que votação da LDO pode ficar para a próxima semana
O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO - PLN 2/2013) para 2014, deputado Danilo Forte (PMDB-CE), acredita que devido à decisão do líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), de obstruir as votações da Câmara dos Deputados, por não haver quórum para votar a minirreforma eleitoral, a votação da LDO deverá ficar para a próxima semana. A votação está prevista para esta quarta-feira (16).
Danilo Forte disse ao final da reunião dos líderes da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) que conseguiu avançar até onde pôde, mas não obteve acordo em todos os pontos. Ele acredita que a oposição deve apresentar destaques ao texto.
- Tem alguns pontos que ficaram polemizados, que a oposição tem todo o direito de apresentar no Plenário a discussão. Fui ao meu limite - afirmou.
Para o presidente da comissão, senador Lobão Filho (PMDB-MA), a maior parte das sugestões da oposição foram aceitas e as divergências devem ser decididas no voto.
- De 20 emendas propostas pela oposição, 14 foram acatadas. Eles às vezes radicalizam em algumas que não podem ser acatadas e a gente bota para voto - disse o senador.
Lobão Filho também disse que a decisão de Cunha de obstruir “tudo na Câmara” pode impedir a votação da LDO prevista para esta quarta-feira (16) às 14h30.
Problemas conceituais
Já o líder do DEM na comissão, deputado Cláudio Cajado (BA), acredita que os avanços da reunião ainda não garantem a votação da proposta.
Cajado reclamou de problemas conceituais para votar o texto.
- Surgiu um grande empecilho, o relator quer que além do custeio, as obras do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e as já iniciadas tenham recurso liberado [independente da sanção do orçamento no final do ano]. Qualquer obra, mesmo obra com 0,2% realizado? - questionou.
A redação inicial do relatório de Forte restringe os gastos do governo com a execução provisória, quando a proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) não é sancionada até o final do ano. O texto limita os investimentos apenas para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já iniciadas.
Pela regra estabelecida na proposta inicial de Forte, o governo poderia gastar 8,3% dos recursos previstos para cada área multiplicados pelo número de meses de tramitação da proposta no Congresso. A medida vale apenas para despesas correntes de caráter inadiável, para manutenção da máquina pública, como material de escritório, contas de luz e água, passagens e combustíveis.
Meta do superávit primário
Outro ponto polêmico é o cumprimento da meta do superávit primário, uma espécie de economia para pagamento de juros da dívida. Para Cajado, a meta deve ser obrigatoriamente cumprida. Ele reclamou que a sugestão de Forte é que a meta deva ser buscada, não obrigatória.
O principal o impasse, no entanto, segundo Cajado, é o da comissão esperar ou não a votação pelo Plenário do Senado da Proposta de Emenda à Constituição do Orçamento Impositivo (PEC 565/06, na Câmara, e PEC 22A/2000, no Senado). O texto está na pauta desta quarta-feira (16) para a primeira sessão de discussão em primeiro turno.
Da Agência Câmara
16/10/2013
Agência Senado
Artigos Relacionados
Votação da LDO pode ficar para próxima semana
CCJ pode concluir votação da reforma política na próxima semana
Senado pode terminar na próxima semana votação dos novos conselheiros do Ministério Público e da Justiça
RELATOR ANUNCIA DEPOIMENTOS DOS DONOS DA INCAL PARA A PRÓXIMA SEMANA
CMO suspende análise do relatório de receitas e votação do Orçamento pode ficar para o ano que vem
Votação da MP do Mais Médicos em comissão mista pode ficar para esta quarta