RENAN CALHEIROS DIZ QUE É CONTRÁRIO À PRIVATIZAÇÃO DA CHESF
- Esta empresa não pode, não deve e o Senado não há de permitir que ela engrosse uma equação matemática, uma mera venda de ativos, uma operação financeira - declarou o senador, ao lembrar que a Chesf representa a sobrevivência para milhões de nordestinos.
Ele afirmou que o modelo de desestatização adotado foi errado principalmente porque o governo financiou e vem financiando a compra daquilo que já lhe pertencia. "O fato é que muitas jóias da coroa já foram entregues e, lamentavelmente, não foram verificadas melhorias na geração de empregos, incrementos salariais, infra-estrutura básica, distribuição de renda, combate à violência e avanços em nossos índices sociais", observou.
Na opinião de Calheiros, a equipe governamental precisa atentar para o fato de a Chesf ter uma atuação interligada e interdependente. Ele explicou que todo o complexo no Rio São Francisco é encadeado, não apenas pelas usinas que geram energia e acumulam recursos hídricos, mas também pelo controle da vazão do rio, da navegação, do abastecimento de água para consumo humano e animal, da irrigação e da pesca.
- Ela tem um funcionamento orgânico com a Codevasf e por este motivo é difícil projetar a continuidade desta harmonia se o governo transformá-la em uma pizza e cada grupo empresarial comer um pedaço. Seu comando único, nas mãos do Estado, é vital para o semi-árido. A Chesf não pertence a este governo ou às convicções neoliberais ou estatizantes - concluiu o senador.
12/05/2000
Agência Senado
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